Prefeitura paga cabo eleitoral de Luciana Reis

foi contratado para a Saúde mas fazia a campanha da filha do prefeito Valderico Luiz para deputada estadual em vários municípios da Bahia.
Cansado das maracutaias e com receio de ser denunciado nesse esquema, o motorista Antônio Martins Viana procurou o Ministério Público Estadual para denunciar um flagrante de corrupção na Prefeitura de Ilhéus.
Ele diz que em março desse ano foi contratado pela Prefeitura e recebia salário através da Secretaria de Saúde.
Acontece que jamais trabalhou na secretaria, muito menos para a Prefeitura. Desde o dia em que entrou, ele trabalha no trio elétrico que pertence à secretária de Governo Luciana Reis, embora não saiba exatamente em nome de quem está o veículo.
A denúncia está sendo apurada pela promotora pública Karina Cherubini, que pretende investigar o caso com rigor e ouvir as pessoas envolvidas no suposto esquema.
Há indícios de que, além de usar funcionários contratados pela Prefeitura para atuar em campanha particular e irregular, as peças para a reposição da parte elétrica do mini-trio vinham sendo compradas com dinheiro público, lesando os cofres municipais.
Antônio Martins diz que não era o único contratado para este esquema. Ele afirma que também recebiam da Prefeitura para trabalhar no trio de Luciana Reis o técnico de som, conhecido como “Galego”, lotado na Secretaria de Ação Social, e ainda uma pessoa de prenome Gilberto, que recebia da Guarda Municipal.

Provas
Antônio Viana apresentou ao Ministério Público um cheque da Prefeitura de Ilhéus nominal a ele, no valor de R$ 850,25, de 25 de outubro, assinado pela secretária de Finanças, Alessandra Gonçalves e o tesoureiro da Prefeitura, Marcos Barletta, que, coincidentemente, possui o mesmo sobrenome da primeira-dama, Fátima Barletta Reis.
Junto com o cheque, o motorista apresentou cópia de um Documento Único de Arrecadação Municipal (DUA) no valor de R$ 44,75, onde consta um carimbo com a mesma data do cheque, de recebimento do salário, assinado pelo tesoureiro Marcos Barletta.
Ele conta que a campanha funcionava da seguinte forma: o mini-trio de Luciana Reis era cedido para festas em vários municípios, fazendo a campanha dela para deputada estadual.
Nas apresentações e eventos era exigido que os organizadores e as atrações agradecessem ao apoio da “futura deputada estadual Luciana Reis”. Tudo era pago com dinheiro público.
Há ainda uma denúncia de que as peças para a reposição do mini-trio eram compradas pela Prefeitura de Ilhéus.
Antônio diz que em outubro o trio ficou parado para uma reforma completa, para estar pronto para a maratona de campanha de Luciana Reis.

A Região

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