Entre as medidas que serão tomadas está o aprimoramento da vigilância nos aeroportos. Os passageiros e as bagagens provenientes de países onde há suspeita de gripe aviária passarão por um detector de material orgânico. Segundo o ministro, isso já está sendo negociado com a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).
Além disso, será criado centros de queima de restos orgânicos para a queima da comida servida em aviões.
Ele esteve hoje reunido com o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), com representantes do setor privado e com técnicos da área técnica do ministério.
O setor privado não tomará medidas uniformes para barrar a gripe aviária, já que cada produtor tem um mecanismo de atuação e integração das fases produtivas.
Ainda de acordo com o ministro, já é feita no Brasil a avaliação das rotas de aves migratórias. Como elas vêem da América do Norte, Rodrigues acredita que é difícil ocorrer uma contaminação, já que lá o controle é muito rigoroso.
Para Ariel Antonio Mendes, da UBA (União Brasileira de Avicultura), o custo dessas medidas não será muito elevado, já que o setor já vinha estudando se adotava medidas para evitar a doença e que o governo atendeu os pedidos de prevenção. “Não é uma coisa nova [a gripe aviária]. O setor vem trabalhando com isso [medidas de precaução] há três anos.”
No entanto, ele admite que um foco da doença no país seria “desastroso”, já que o Brasil é o maior exportador de carne de aves do mundo (três milhões de toneladas por ano).
ANA PAULA RIBEIRO
Folha Online