Os gastos despertam suspeitas nos vereadores que acompanham os dados de Ilhéus no Tribunal de Contas dos Municípios. Eles também chamam a atenção para o fato de as compras sem licitação serem todas feitas em empresas de fora.
A Secretaria de Saúde, que já teve vários secretários, comprou um computador do tipo notebook através do processo 1425, de 19 de julho, na Super Técnica Informática, de Itabuna, pagando R$ 4.485.
“O absurdo é que o notebook é fabricado em Ilhéus e custa pouco mais de R$ 2 mil, mas foi comprado pelo dobro em Itabuna”, alerta o vereador Marcos Paiva.
Landex
Porém a compra mais chamativa foi a de R$ 374.959,60 (processo 1292, de 7 de abril) em remédios na empresa landex, de Lauro de Freitas, cidade que ficou conhecida por ser sede de empresas fantasmas que forneciam notas frias para a prefeitura de Itabuna na gestão passada de Fernando Oliveira, segundo processos do Ministério Público.
A Landex já tinha dois empenhos (processo 942 de 19 de maio) que totalizam R$ 1.290.692,63, dos quais recebeu R$ 196.316,60, para fornecimento de medicamentos, sem licitação.
A prefeitura de Ilhéus também fez outras compras diretas, sem licitação, como a do processo 5060, de 6 de julho, de R$ 100 mil em materiais elétricos na Tecno Import Comércio Representação e Serviços Ltda, de Itabuna.
Outro processo na mira dos vereadores é o 4828, que contratou, novamente sem licitação, a empresa Teleshow Supersom Produções e Eventos para promover “festividades culturais” em Ilhéus por R$ 75.600, dos quais já pagou R$ 6.300, referente ao aluguel de um trio elétrico, no dia 1 de julho.
As empresas Super Técnica, Tecno Import e Teleshow, que seriam de Itabuna, se existem não constam no catálogo telefônico de 2005 referente a Itabuna, nem são reconhecidas no auxílio à lista.
A Região