Prefeitura faz gastos altos sem licitação

Vem despertando suspeitas nos vereadores que acompanham os dados de Ilhéus no Tribunal de Contas dos Municípios. Eles também chamam a atenção para o fato de as compras sem licitação serem todas feitas em empresas de fora.
A empresa Comercial de Alimentos Calmonense, da cidade de Miguel Calmon, por exemplo, tem empenho (processo 3912 de 1 de junho de 2005) de R$ 350 mil e já recebeu R$ 175 mil referente a compra de cestas básicas, sem licitação.
A Landex, de Lauro de Freitas, tem dois empenhos (processo 942 de 19 de maio) que totalizam R$ 1.290.692,63, dos quais recebeu R$ 196.316,60, para fornecimento de medicamentos, sem licitação.
A Bahia Mister, uma empresa de segurança de Salvador (processos 849 de 5 de maio e 2905 de 4 de maio), tem contrato de R$ 200 mil para prover 100 seguranças para a secretaria de Educação e outro igual para a de Saúde.
Já recebeu duas parcelas de R$ 99.500 (R$190.000) só da Educação, sem licitação. Recebeu outros R$190 mil na Saúde.
A Tecno Importação (processo 3340 de 13 de maio), outra de Salvador, tem contrato de R$ 400 mil por venda de material elétrico, sem licitação.
A Silva Mendes Produção e Eventos, de Porto Seguro, (processos 4738 de 23 de junho e 4756 de 27 de junho), recebeu R$ 350 mil por show de Gang Cidade, Arriba Saia, É Só Filé, A Preferida, Cleyton e Camargo, Cipó Caboclo, Cueca Branca e Melaço de Cana, sem licitação.
Apesar de ter vários advogados na folha, a prefeitura contratou sem licitação os escritórios de advocacia de Salvador Matos Medina Santos Soares, por R$ 8 mil, (processo 4385 de 14 de junho) e Serravale & Reis, por R$ 15 mil (processo 4556 de 21 de junho). Os valores são mensais.
Outra compra suspeita é a de calças para o programa Peti, processo 4524 de 17 de junho, este com carta convite para três empresas, no valor de R$ 78 mil.
O valor unitário ficou em R$ 39, suficiente para comprar uma calça de grife no comércio local. As três empresas são de Itabuna e uma delas é fábrica de camisetas.
Existe ainda um processo, o 1075 de 7 de junho, com empenho de R$ 163.548 destinado à “distribuição de remédios a pacientes carentes”, que já pagou R$ 16.206 mas não tem anexada nenhuma nota fiscal.

A Região

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