configurações definidas pelo governo federal e utiliza sistema operacional Linux

Cerca de 79% dos brasileiros nunca manusearam um computador e 89% não têm acesso à internet. Para mudar esta realidade, retratada em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governo federal está apostando no programa Computador para Todos, que tem como principais pilares a isenção de tributos (PIS, Cofins), a elaboração de uma configuração mínima, a utilização de software livre (como o Linux) e a ampliação do crédito.
O público-alvo do programa é formado pelos 4,5 milhões de brasileiros com renda familiar de três a sete salários mínimos. A configuração básica deverá atender ao máximo às demandas dos usuários, além de acesso à internet e suporte operacional acima do previsto pelo Código de Defesa do Consumidor. Além das famílias excluídas, o programa deverá beneficiar escolas, prefeituras e microempresas que também vivem à margem do mundo digital.

Mesmo antes da regulamentação das linhas de financiamento para aquisição dos computadores com preços mais populares, os primeiros resultados começam a aparecer em função da isenção de 100% do PIS e Cofins para os lojistas que venderem equipamentos de até R$2,5 mil. O Grupo Pão de Açúcar foi um dos primeiros do varejo a aderir ao Computador para Todos, logo que foi lançado, ainda com o nome de PC Conectado. Desde o início de julho, através das redes Extra, o grupo está vendendo equipamentos com redução de aproximadamente 10% dos preços, repassando para o consumidor a isenção do PIS e do Cofins. Mas a vedete, mesmo, como frisa a gerente do segmento de eletro do grupo, Rita Bellizia, é a máquina que segue as configurações definidas pelo governo federal, com sistema operacional Linux e processador Celeron, que custa R$1.399.

Como o financiamento oficial, que prevê prestações máximas de R$70, ainda não foi liberado, o Extra está operando com crediário próprio e lançando promoções pontuais para atrair os consumidores. “O resultado foi excelente, quase 50% a mais em vendas na primeira semana”, contabiliza a gerente. Segundo ela, todos os computadores até R$2,5 mil tiveram os preços reduzidos em cerca de 10% em função do repasse da isenção dos impostos.

CORREIO DA BAHIA