O remédio, a dapoxetina, pode prolongar a duração do ato sexual em até quatro vezes.
Especialistas acreditam que até um terço da população masculina pode estar sofrendo de ejaculação precoce.
Mas ainda deve demorar algum tempo até que o remédio chegue às prateleiras das farmácias.
Esses tipos de antidepressivos são conhecidos por terem impacto sobre a ejaculação.
Os testes com a dapoxetina já envolveram 2.614 homens com idade entre 18 e 77 anos que têm ejaculação precoce e mantiveram relações monogâmicas por mais de seis meses.
Os pacientes receberam doses de dapoxetina e placebos durante doze semanas. A dapoxetina triplicou o tempo de duração do ato sexual.
Os benefícios foram sentidos logo após tomada a primeira dose, e melhoraram durante o período de testes.
Tratamento psiquiátrico
O urologista da Universidade de Minnesota Jon Pryor, que liderou a pesquisa, disse que o “impacto que a ejaculação precoce pode ter sobre homens e suas parceiras pode ser devastador para uma relação e atualmente não um tratamento eficiente”.
O médico Alan Whites, professor da Universidade Metropolitana de Leeds e presidente do Fórum da Saúde Masculina, também enfatizou a importância de tratamento psicológico para a ejaculação precoce, já que muitas vezes o problema é de ordem emocional.
A agência americana que regula alimentos e remédios já está avaliando um pedido de aprovação para a dapoxetina, desenvolvida pela empresa farmacêutica Ortho-McNeil, uma afiliada da Johnson & Johnson.
Um porta-voz da Ortho-McNeil disse que a empresa ainda não sabe se vai pedir autorização dos órgãos reguladores europeus para vender o remédio no continente.
BBC BRASIL