Os pesquisadores analisaram tomografias computadorizadas de cérebros de mais de 150 voluntários e concluíram que os danos provocados nas mulheres que bebem muito começam mais cedo e são mais profundos do que nos homens.
As mulheres que beberam muito perderam a mesma quantidade de volume de cérebro que os homens, mas em período muito mais curto.
O pesquisador que chefia a pesquisa, Karl Mann, disse que os homens geralmente bebem mais, porém as mulheres desenvolvem mais rapidamente a dependência do álcool e as conseqüências adversas do hábito.
Os cientistas suspeitavam há algum tempo que os homens poderiam ser mais resistentes ao álcool, e a pesquisa dos cientistas alemães, publicada no jornal Alcoholism, traz evidências dessa suspeita.
No estudo, cerca de metade dos voluntários eram alcoólatras que receberam ajuda para parar de beber durante a pesquisa.
Foram feitas tomografias de todos os voluntários no começo e no fim da pesquisa, que durou seis semanas.
As tomografias indicaram evidências óbvias de danos no cérebro daqueles que bebem pesadamente – eles têm cérebros menores, devido à atrofia.
Doenças ligadas ao alcoolismo, como problemas de coração, de fígado e depressão também ocorrem mais cedo em mulheres do que homens.
Apesar das constatações, os homens ainda são mais afetados pelo álcool do que as mulheres, porque tendem a beber mais.
“Tipicamente, as mulheres começam a beber mais tarde e consomem menos. Essa pode ser uma das razões pelas quais as mulheres são menos afetadas pelo álcool”, disse Mann.
BBC BRASIL