PROJETO BLACK NOISE EM ILHÉUS

Resgatar a auto-estima negra e promover um debate crítico sobre outras formas de arte pouco exploradas na Bahia. Esse é um dos objetivos do projeto Black Noise, que surgiu de uma parceria entre Ed Braz (vocalista da banda Zambotronic) e Nelsom Maca (BLACKITUDE), professor de literatura brasileira da UCSAL.
O projeto Black Noise – Baile Itinerante – leva às comunidades mais uma oportunidade de diversão. As primeiras edições do Black Noise aconteceram em Salvador. A primeira aconteceu em maio de 2004, no Centro Histórico de Salvador e contou com a participação de bandas de rap e rock, DJ’s, grafiteiros e rodas dançarinos de break, semelhantes às conhecidas e famosas rodas de capoeira, para um público de 800 pessoas. A segunda edição foi realizada em janeiro de 2005 na quadra de índio Apaches do Tororó, que teve como atrações as bandas Testemunhaz e Zambotronic, anfitriãs da banda de rap Afrogueto. Um “mini-baile” foi animado pelos Dj´s Edílson (Elemento X) e Joe (RBF – Rapaziada da Baixa Fria), além de Dançarinos de break. Um público de 1000 pessoas compareceu ao baile.
Com o mesmo formato idealizado nas edições anteriores a terceira edição do Black Noise será realizada no próximo dia 14 em Ilhéus. Às 14:30 acontece na Casa dos Artistas uma mesa redonda com a participação do Núcleo de Grafite da Escola de Belas Artes (UFBA) e os músicos da banda O Quadro.
À noite acontece a terceira edição do baile Black Noise, no bar Ilha, na avenida Dois de Julho. O evento será animado pelas bandas Zambotronic, Testemunhaz (ambas da capital baiana) e as bandas ilheenses O Quadro e Quizila, além da ilustre presença do DJ Edílson (também de Salvador). O baile começa às 22:00 e os ingressos já estão sendo vendidos na Back Door e na Terral. O evento é promovido pela família Circo Horrores, que também promove o Sábado Sim, no bar Barrakitika, todos os sábados.
Os eventos promovidos pelo projeto visam o resgate de elementos da cultura afro-brasileira, abrindo espaço para manifestações críticas e criativas através da cultura hip-hop composta por música/dança/artes plástica. A proposta do evento é reviver os inesquecíveis bailes do movimento Black-Bahia, que influenciou a formação dos primeiros blocos afros baianos, como o pioneiro Ilê Aiyê, fazendo da arte um instrumento de conscientização político-social.

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