Segundo a pesquisa, 38% dos entrevistados indicaram Alckmin. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi escolhido por 31%, enquanto 18% disseram que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, seria um candidato com chances de vencer Lula. O prefeito da capital paulista, José Serra, que concorreu com o petista em 2002, foi apontado por 6%. Todos são do PSDB.
Apesar de identificarem em Alckmin o candidato mais forte para concorrer com Lula, os empresários ouvidos pelo Datafolha vêem o presidente como imbatível na eleição de 2006. Para 58%, o petista vai se reeleger, enquanto 14% disseram que Alckmin poderá vencer a disputa.
O ex-presidente Fernando Henrique foi a aposta de 8% dos empresários, enquanto o governador mineiro e o prefeito Serra foram citados por 3% cada um.
Mauro Paulino, diretor do Datafolha, observa que o resultado não traduz intenção de votos, “mas expressa a percepção dos empresários sobre quem pode vencer”. Paulino também destacou que a amostra “não representa os empresários brasileiros, mas os participantes do evento”. A pesquisa, diz Paulino, “serve para medir a temperatura no meio empresarial”. Como foram feitas só cem entrevistas, e não se sabia o total de empresários no evento, não foi calculada margem de erro.
Boa avaliação
Os empresários avaliaram positivamente o governo Lula. Para 48%, o presidente está fazendo um ótimo ou bom governo, enquanto 46% consideraram que sua administração é regular. Apenas 6% disseram que a performance de Lula é ruim ou péssima.
A avaliação dos empresários é mais positiva do que a feita recentemente pelos moradores da cidade de São Paulo. Em pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 6 e 7 de abril, 33% dos paulistanos consideravam o governo Lula ótimo ou bom; 44%, regular; e 21%, ruim ou péssimo.
No levantamento nacional feito entre os dias 14 e 17 de dezembro do ano passado, 45% disseram que Lula fazia uma ótima ou boa administração; para 40%, era regular, e outros 13% apontaram que sua atuação era péssima.
A nota média atribuída ao presidente pelos cem empresários entrevistados foi de 6,1.
Folha de S.Paulo