O SFH é formado por recursos da caderneta de poupança. Os bancos precisam destinar 60% dos depósitos em cadernetas para financiamentos imobiliários, com taxa de juros limitada a 12% ao ano. Os recursos não utilizados para esse fim devem ser recolhidos compulsoriamente ao Banco Central, onde terão uma remuneração de 80% da TR (taxa referencial).
Segundo o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, poderá ocorrer o “progressivo crescimento desses valores se os dados se mostrarem favoráveis”.
Se os bancos cumprirem essa elevação de 45%, a diferença entre o valor dos 60% dos depósitos em caderneta de poupança e o montante destinado ao financiamento imobiliário poderá ser usado livremente pelas instituições financeiras –concedendo empréstimos em outras modalidades de crédito, por exemplo.
No ano passado, o sistema financeiro ofereceu pouco mais de R$ 3 bilhões em financiamentos imobiliários.
O CMN também incluiu o financiamento de imóveis usados no SFH no valor de R$ 60 mil a R$ 150 mil. Para o financiamento de imóveis novos, o limite foi mantido em R$ 245 mil, assim como o valor de avaliação do imóvel –R$ 350 mil.
Além disso, o financiamento poderá ser usado na reforma de imóveis não-residenciais que serão modificados para fins residenciais.
ANA PAULA RIBEIRO
Folha Online