Mas essas alterações não são aceitas pelos integrantes da frente. “Não aceitamos aumento de tributos. Dessa MP, só aceitamos a correção da tabela do Imposto de Renda”, disse Antonio Marangon, presidente do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento) de São Paulo.
Uma das mudanças para aprovar a MP 232 prevê que as empresas prestadoras de serviços optantes pelo lucro presumido que destinarem pelo menos 20% do faturamento para pagamento de pessoal não terão a base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do IR (Imposto de Renda) elevada de 32% para 40% da receita bruta.
O governo também concordou em atenuar as restrições de recursos ao Conselho de Contribuintes, que examina a contestação dos contribuintes contra as cobranças feitas pela Receita Federal.
Outra modificação já acordada beneficia produtores rurais: eles vão pagar IR na fonte apenas nas vendas mensais acima de R$ 11,64 mil (o limite atual de isenção, de R$ 1.164, será multiplicado por dez). O prazo de recolhimento do tributo também será ampliado.
Frente
Segundo Marangon, a frente dos prestadores de serviço vai se mobilizar contra a aprovação das modificações da MP 232. “Estaremos no Congresso pressionando os parlamentares a rejeitar qualquer aumento de imposto”, afirmou.
FABIANA FUTEMA
Folha Online