Segundo a “Forbes”, os empresários “se deram bem” com a venda de suas ações da AmBev no ano passado para a cervejaria belga Interbrew.
Lemman está classificado na lista de bilionários desde 2003, quando ocupou a 514ª posição. No ano passado, ele subiu para o 228º lugar, com fortuna avaliada em US$ 2,6 bilhões (R$ 7,1 bilhões). Telles (548º lugar) e Sicupira (620º lugar) estrearam na lista neste ano, com US$ 1,2 bilhão (R$ 3,2 bilhão) e US$ 1 bilhão (R$ 2,7 bilhões) respectivamente em suas contas bancárias.
Os outros brasileiros listados têm suas riquezas vindas principalmente de negócios com bancos. Aloysio Andrade Faria vendeu o Banco Real para o holandês ABN Amro em 1998, por US$ 2,1 bilhões (R$ 5,7 bilhões), mas manteve para si uma parte, que se tornou o Banco Alfa, 16º maior banco brasileiro. Faria ocupa a 170ª posição, com US$ 3,2 bilhões (R$ 8,7 bilhões).
Outro banqueiro no ranking é Julio Bozano, ex-dono do Banco Bozano-Simonsen (vendido para o Santander Central Hispano em 2000). Ele ocupa a 413ª posição, com US$ 1,6 bilhão (R$ 4,3 bilhões).
As exceções são o empresário Antonio Ermírio de Moraes (dono do Grupo Votorantim), com US$ 2,5 bilhões (R$ 6,8 bilhões) em seu caixa pessoal, o que lhe garantiu a 243ª posição, e Abílio dos Santos Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar, que ocupa a 507ª posição, com fortuna avaliada em US$ 1,3 bilhão (R$ 3,5 bilhões).
A lista da “Forbes” deste ano inclui 691 pessoas, contra 587 da lista anterior, e todas as fortunas da lista somadas chegam ao fabuloso total de US$ 2,2 trilhões (R$ 6 trilhões).
VINICIUS ALBUQUERQUE
Folha Online