Jornalista italiana relata seqüestro em artigo neste domingo

A jornalista Giuliana Sgrena publicou neste domingo no jornal para o qual trabalha, o “Il Manifesto”, um relato de como foi seu seqüestro no Iraque. Após ficar um mês retida, Sgrena foi libertada e, em seguida, baleada por soldados americanos. O carro em que ela estava foi alvejado a caminho do aeroporto de Bagdá por engano, matando um agente do serviço de Inteligência italiano.
Segundo escreveu Sgrena, seus seqüestradores alertaram-na que os americanos não queriam que ela voltasse à Itália. No artigo, a jornalista, que voltou ontem à Itália, assinala que sua mente a levou imediatamente às palavras que os seqüestradores tinham lhe dito quando ela viu o agente italiano morrer.
“Declaravam estar firmemente empenhados em me libertar, mas devia estar atenta, pois os americanos não queriam que eu voltasse”, afirma a repórter em texto intitulado “Minha Verdade”.

O marido de Sgrena, Pier Scolari, chegou a dizer ontem que não descarta a hipótese de sua mulher ter sido vítima de um atentado. “Giuliana tinha informações e os militares americanos não queriam que saísse viva”, disse ele.

Hoje, porém, a imprensa local, citando fontes do serviço secreto italiano, publica que a Itália descarta completamente tal possibilidade.

Resgate

Os jornais italianos também trazem hoje reportagens dando conta de que os seqüestradores de Giuliana Sgrena seriam próximos ao deposto regime de Saddam Hussein, vinculados à nova criminalidade iraquiana.

De acordo com um dos entrevistados, o deputado cristão Yonadam Kanna, os criminosos teriam cobrado um resgate de US$ 1 milhão para libertar a jornalista.

Folha Online
Com agências internacionais

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