Os defensores públicos do Estado da Bahia estão em greve por tempo indetermianado para reivindicar melhores salários e a contratação de mais profissionais. Eles querem equiparação salarial com outras categorias da Justiça, como promotores e juizes, além de melhores condições de trabalho, como equipamentos e pessoal de apoio. A paralisação prejudica principalmente a população mais pobre que não pode pagar por um advogado particular e tem de recorrer àqueles disponibilizados pelo Estado. As audiências marcadas nas quais uma das partes é atendida por defensores públicos serão remarcadas pelos juizes. Na Bahia existem 97 defensores públicos, sendo 63 na capital e 34 no interior. Esta manhã, alguns defensores públicos fizeram uma manifestação em frente à sede da Defensoria Pública, no bairro do Canela, em Salvador. Eles pediam a nomeação do novo defensor geral, já indicado em lista tríplice, e abertura de concurso público com 460 vagas para defensores. Além de melhores salários, eles pediam também a implantação da autonomia administrativa aprovada na reforma do Judiciário.