Cargill investe US$ 10 milhões em Ilhéus

A empresa vai aplicar recursos na ampliação de um projeto de moagem de cacau implantado no distrito industrial de Ilhéus

O Distrito Industrial de Ilhéus vai receber, ainda este ano, um investimento de US$ 10 milhões. A Cargill vai modernizar e aumentar sua capacidade de processamento de cacau no país de 66 mil toneladas por ano para 80 mil. O projeto, iniciado no ano passado, inclui a compra de maquinários e mudanças no sistema de armazenagem e geração de energia da unidade industrial em Ilhéus.
Segundo Robert Van der Zee, diretor da área de processamento de cacau da Cargill, a empresa estuda obter financiamento para concluir o projeto. Para o diretor, o Brasil – que hoje responde por 6% da produção mundial de cacau – é um dos países com maior potencial de expansão, embora os preços sejam menos competitivos que na Costa do Marfim, Gana e Indonésia.

Esses países respondem por 73% da produção mundial e exportam amêndoa, manteiga e líquor. Em geral, as cotações na Bahia apresentam prêmios sobre os preços na bolsa de Nova York, que variam de US$ 110 a US$ 170 por tonelada. Van der Zee observa que não há grande área para expandir a cultura na Costa do Marfim, e a instabilidade política torna o investimento mais arriscado que no Brasil. “O país perde na concorrência com África e Ásia, mas tem condições de competir com as fábricas da Europa com os pós de cacau.”
Em 2004, a empresa produziu 66 mil toneladas no Brasil, ante 69 mil no ano anterior. Desse total, 60% foram exportados, tendo como principais destinos EUA, México e Canadá. A receita somou US$ 150 milhões, ante US$ 200 milhões em 2003. A Cargill é a maior processadora de cacau no mundo, com unidades no Brasil, Holanda, Costa do Marfim, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França, e produção anual de 500 mil toneladas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *