Exposições retratam os corais sul-baianos e o São Francisco

Ilheenses e visitantes poderão apreciar duas exposições de artes plásticas que começaram nesta terça-feira (11), no Quarteirão Jorge Amado. Abordando a riqueza dos corais do sul da Bahia ou denunciando a degradação do Rio São Francisco, os trabalhos de Nair Rodrigues de Andrade e Guilherme Albagli abrem a temporada de exposições no Teatro Municipal de Ilhéus e na Casa dos Artistas.
A exposição “Homenagem ao São Francisco” acontece na Casa dos Artistas até o final de fevereiro e foi preparada por Guilherme Albagli há quatro anos, com a intenção de denunciar a degradação do vale do “Velho Chico”. A destruição do rio iniciou-se com a implantação da pecuária, no século XVII, e acelerou-se com o desmatamento progressivo. Com imagens fortes, o artista mostra sete representações de São Francisco de Assis e Francisco Mendonça Mar, escolhidas como metáforas ao rio. O trabalho se destaca pelo caráter de denuncismo e pela sua qualidade artística.
Já a exposição “Os corais do sul-baiano”, da artista Nair Rodrigues de Andrade, foi aberta ontem à noite (10) e vai até o dia 26, na galeria do Teatro Municipal de Ilhéus. A mostra é composta de 23 quadros em que a artista retrata algumas espécies marinhas da região, como o badejo-sabão, esponjas, cavalos marinhos e octocorais. A visitação pode ser feita das 9h às 12h e das 14h às 21h.
Para confeccionar os quadros, Nair utilizou cera de abelha, óleo de baleia, resina e pigmentos, numa técnica milenar conhecida como encáustica. A artista começou a usar a técnica há quatro anos. Foi quando decidiu compor uma exposição sobre corais do sul da Bahia, após visitas ao litoral da região, especialmente às cidades de Ilhéus, Canavieiras, Porto Seguro e ao arquipélago de Abrolhos.
O trabalho composto por Nair agradou não só a leigos, como também a artistas, a exemplo da turista carioca Aracy de Paula. Ela viaja pela costa brasileira no transatlântico Island Escape, que atracou em Ilhéus na manhã desta terça-feira. Acompanhada do marido Antônio de Paula Filho, Aracy observou atentamente cada um dos quadros da artista. “Gostei muito do trabalho. A artista escolheu bem o tema e utiliza uma técnica diferente”, reconhece Aracy.

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