Desenvolvimento já
O plano anunciado prevê a criação de emprego no campo, sem depender exclusivamente do cacau, “uma cultura que demora dez anos” e que necessita, enquanto dura esse tempo de espera, de alternativas para a sobrevivência do agricultor. “O prefeito Valderico quer desenvolvimento em quatro anos, não esperar dez”, explica o secretário. Existe um grande potencial de negócios no interior de Ilhéus e também grande mão-de-obra a ser empregada, de acordo com Jorge Vianna. “Vamos incentivar a industrialização, com doces, geléias, conservas, criar casas de farinha onde for viável e incentivar as culturas de ciclo longo, a exemplo da piaçava”, exemplifica o secretário.
O plano da Secretaria da Agricultura está sendo discutido com a Ceplac e a Uesc, “entidades que vão dizer o que plantar, como e quando plantar, enquanto instituições como o Sebrae, EBDA, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica vão nos orientar sobre as formas de financiamento da produção a pequenos empreendedores”, afirma. O plano geral da Agricultura de Ilhéus inclui ainda incentivo ao artesanato típico, piscicultura, pequenas indústrias financiadas (sacos plásticos, palha de aço etc.), criação de abelhas, javalis, pacas e galinhas (d´Angola e caipira), “como motivação da culinária típica regional, o que termina sendo um atrativo também para o turismo”.
Prioridade é criar empregos, diz secretário de Agricultura
“Criar empregos no interior é nossa grande prioridade”, diz o secretário de Agricultura de Ilhéus, Jorge Vianna, acrescentando ser esta uma determinação do prefeito Valderico Reis que a Secretaria está colocando em prática, “para oferecer resultados o mais rapidamente possível”. Para Jorge Viana, duas frentes são fundamentais para atingir esse objetivo: incentivar, mediante técnicas, motivação e financiamento, o incremento da produção e promover os meios indispensáveis ao escoamento dos produtos até o consumidor final. “O mercado dessa produção é urbano, por isso ela precisa chegar rapidamente à cidade”, justifica.
O secretário de Agricultura esclarece que as medidas para que as estradas se tornem “trafegáveis” encontram dificuldades de execução, devido ao péssimo estado de conservação dos equipamentos da Prefeitura. “Os veículos que encontramos não estão em condições de uso”, denuncia. Ele adianta que pretende usar dois grupos de máquinas, cada um com trator, caçamba e pá-carregadeira, sendo um para conservação e outro para abertura de estradas vicinais, mas que ainda esbarra nesse entrave.