A decisão do prefeito Valderico Reis de mudar o dia da bênção do mastro para o domingo seguinte à festa, foi aprovada pela comunidade de Olivença, principalmente pelos índios Tupinambás. Há alguns anos a comunidade indígena deixou de participar da festividade, por acreditar que seu caráter religioso foi desvirtuado.
Segundo o historiador e especialista em Psicologia Social, Erlon Costa, muitos membros da comunidade de Olivença não se interessavam mais em participar da tradicional Puxada do Mastro de São Sebastião. Segundo ele, a festa tornou-se espetáculo e o índio foi transformado em uma figura para ser “vendida” aos turistas. Ele diz que o evento deixou de ser religioso, para se transformar no “Carnaval de Olivença”. Com isso, afirma, os turistas deixaram de conhecer a particularidade do local.
Segundo o historiador e especialista em Psicologia Social, Erlon Costa, muitos membros da comunidade de Olivença não se interessavam mais em participar da tradicional Puxada do Mastro de São Sebastião. Segundo ele, a festa tornou-se espetáculo e o índio foi transformado em uma figura para ser “vendida” aos turistas. Ele diz que o evento deixou de ser religioso, para se transformar no “Carnaval de Olivença”. Com isso, afirma, os turistas deixaram de conhecer a particularidade do local.
O historiador acredita que com a alteração proposta pelo novo governo será possível resgatar o sentido fundamental da festa, que é a homenagem a São Sebastião. “Com a alteração, é possível que os índios voltem a participar do evento”, afirma Erlon. A festa da Puxada do Mastro surgiu no século XVIII, em substituição a uma festa indígena conhecida como Corrida de Tora. Foi adaptada pelos jesuítas para catequizar os índios e apresentá-los a São Sebastião. O santo é conhecido por defender o povo da peste, fome e doenças que atingiam Olivença, na época.
A partir de então, conforme surgia uma necessidade, sua solução passou a ser atribuída ao santo. Muitas crenças foram criadas a partir do mastro, como a cura de doenças e bênçãos no casamento. A participação popular fez com que a festa resistisse até hoje. Todos da comunidade se envolvem. São crianças que puxam o mastaréu, jovens mascarados, homens machadeiros, mulheres rezadeiras e idosos que cuidam da decoração. Os visitantes também ajudam na perpetuação do ritual.
A partir de então, conforme surgia uma necessidade, sua solução passou a ser atribuída ao santo. Muitas crenças foram criadas a partir do mastro, como a cura de doenças e bênçãos no casamento. A participação popular fez com que a festa resistisse até hoje. Todos da comunidade se envolvem. São crianças que puxam o mastaréu, jovens mascarados, homens machadeiros, mulheres rezadeiras e idosos que cuidam da decoração. Os visitantes também ajudam na perpetuação do ritual.
Programação
A programação da Puxada do Mastro começa na sexta-feira (7), mas o corte da árvore será no domingo (9), na Mata do Ipanema. O historiador Erlon Costa lembra, ainda, que o ritual não se encerra com a bênção, no dia 16, mas vai até junho, quando o antigo mastro e o mastaréu são cortados e transformados em uma grande fogueira para os festejos juninos.