Na ocorrência, a prefeitura é acusada de causar impacto e destruir 27 hectares de mangue, área de preservação permanente. Segundo Sérgio Ramos, o veículo era conduzido pelo motorista Gerson Pereira Guimarães, que não teve como explicar a agressão ao meio ambiente, numa área que já sofre intensa degradação com a implantação da favela da Rua do Mosquito.
DESCASO – “É lamentável que quem deveria zelar pelo meio ambiente municipal é o primeiro a demonstrar descaso com esse importante ecossistema de mangue e que é responsável pela manutenção do equilíbrio ecológico, e toda produção pesqueira litorânea”, afirma Sérgio Ramos.
Nos últimos anos, mais de 20% das áreas de mangues do município já foram destruídas. O mais grave, segundo o chefe regional do Ibama, é que tudo acontece sob olhares do poder público municipal. Ramos afirma que desde 1997 foram lavrados 20 autos de infração, em ações de fiscalização contra corte e aterro de manguezais, no município de Ilhéus.
Nesse mesmo tempo foram expedidos 15 embargos de interdição, sete termos de advertência e 19 notificações. Ramos revela que chegam ao órgão dezenas de denúncias de aterro de manguezais, com utilização de veículos da própria Prefeitura Municipal.
ANA CRISTINA OLIVEIRA