Os portadores de câncer de Ilhéus já dispõem de uma unidade para auxiliá-los no tratamento da doença, que exige uma série de cuidados e requer atenção redobrada por parte dos médicos e familiares dos pacientes. O aluguel do imóvel, que possui quatro dormitórios e tem capacidade para acolher 14 pessoas durante o tratamento de quimioterapia é de responsabilidade da prefeitura, que faz repasse da verba através da secretaria municipal de Saúde. O imóvel, inaugurado este mês, foi mobiliado e equipado com ajuda financeira e doações da população e empresários, através de parceria com a Associação de Apoio aos Portadores de Câncer, idealizadora do projeto. A entidade que gerencia o equipamento é reconhecida como de utilidade pública através de projeto do vereador Francisco Sampaio.

A viabilidade da primeira casa do gênero na cidade foi possível também pela ajuda voluntária da arquiteta Lolô Mendonça e seu marido Carlos Mendonça, como garante a presidente da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer, Wanda Campos Melo. A casa de acolhimento Dom Eduardo está situada na praça São Luís, 33, alto do Teresópolis, próximo ao viaduto Catalão. A partir de 1º de setembro o imóvel passa a receber portadores de câncer que residem no município. A casa representa um grande passo no apoio aos pacientes com câncer que não têm condições de custear o tratamento especializado e medicamentos. Tudo isso será disponibilizado a custo zero para o paciente.
A casa foi criada para acolher os pacientes durante os dias – três em média – que estiver fazendo a quimioterapia, tratamento que exige cuidados especiais como alimentação adequada, conforto redobrado e atenção psicológica. Ali, o portador de câncer carente e que mora na zona rural pode receber os cuidados oferecidos, acabando com um problema extremamente desagradável: a viagem a locais de difícil acesso depois de receber a quimioterapia, que provoca sensações de desconforto e mal-estar.
Para o seu funcionamento, o imóvel passou por reforma nos quartos, banheiros, rouparia, cozinha, dispensa, refeitório, lavanderia, sala de passar roupa e de recreação, horta, serviço social e administração. A presidente da entidade, Wanda Mello, disse “que esta obra deverá ser abraçada pela sociedade de Ilhéus e que a semente plantada se tornará uma árvore frondosa e com bons frutos”. Segundo ela, “a associação nasceu da iniciativa de alguns cidadãos ilheenses por compreender a importância e o apoio da sociedade civil a todas as pessoas carentes que lutam contra a doença. Promover a assistência psicossocial e médica às pessoas portadoras do câncer, oriundas de famílias carentes da cidade de Ilhéus e seus distritos”.
Além da capacidade para abrigar a 14 pacientes, a casa oferece alimentação, remédios, roupas e apoio psicológico. Lazer e entretenimento também são oferecidos por voluntários que já começaram a se cadastrar para atuar no apoio ao atendimento. A entidade está em campanha para angariar donativos. Quem desejar colaborar pode fazer doação por meio da conta carente número 10.50.980, agência 0069 – Ilhéus, Caixa Econômica Federal. Além da ajuda financeira, aceita-se também gêneros alimentícios, enxoval para cama, mesa e banho, materiais de limpeza e a participação em trabalhos voluntários.