A poesia social surgiu no país depois da metade do século passado a partir da necessidade dos artistas de denunciarem a realidade brasileira, diz a professora Ângela Márcia Damasceno, coordenadora do café literário. É também conhecida no meio literário como poesia marginal, por ter se firmado no mercado a partir da produção e divulgação independentes, até porque não tinha abertura nas grandes editoras. “Nasceu aí a literatura da denúncia. A denúncia para a literatura serve como motivação”, afirma a professora.

Três bandas musicais surgidas dentro da própria escola se apresentaram durante o evento: a Pseudônimo, banda de Jarlisson e a Maria Jape. Mas houve dança, teatro, e artes plásticas na decoração. Os estudantes do Fênix homenagearam o surgimento do rock com Elvis Presley e a criação de Beatles. Mostraram que o ritmo chegou ao Brasil com Celi Campelo e assumiu mais força com a Jovem Guarda até chegar ao escrachado Mamonas Assassinas. O segundo ano apresentou jogral com texto de Caetano Veloso e a sexta série chamou atenção para a fome ao lembrar o poeta Gonzaguinha (O que é o que é).

MÚSICA – Um ponto alto foi a homenagem prestada ao poeta da modernidade, o cantor Cazuza, pelos alunos do terceiro ano. A oitava série cantou Raul Seixas (Tente Outra Vez), que em 74 foi preso e deportado pela ditadura militar. No encerramento houve coreografia com as músicas “Você Tem Fome de Quê” e “Mulheres de Atenas.