NOSSA SENHORA SANTANA

A mais antiga capela rural do país – Nossa Senhora Santana -, situada no povoado de Rio do Engenho, que dista cerca de 18 quilômetros do perímetro urbano de Ilhéus, está em festa neste domingo (25), em louvor à sua padroeira. A partir das 6 horas da manhã acontece alvorada, seguida de missa-festiva, às 10 e às 11 horas o pároco do vilarejo coordena batismo e na parte da tarde, procissão. Em paralelo às comemorações a população e turistas participam da festa de largo. Erguida pelos jesuítas em 1556, a igreja é um referencial histórico e turístico do município, pertenceu à família de Men de Sá, que foi mais tarde o terceiro governador geral do Brasil, e trata-se de importante imóvel.



Foto: Aderino França

Considerada a segunda mais antiga do país, a igreja de Nossa Senhora Santana é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão que gerencia e acompanha a preservação do patrimônio arquitetônico e cultural, do Brasil, ligado ao Ministério da Cultura. Quem visitar a igreja neste final de semana pode observar que sua fachada apresenta um predomínio dos cheios sobre o vazio, enquanto seu interior é muito simples, sem forro ou decoração, existindo na sacristia nichos e janela com conversadeira.
O antigo engenho de Men de Sá, com sesmaria doada em 1537 foi palco de histórica revolta de escravos, em 1789, ocorrida paralelamente com a revolução francesa. A história que os escravos dominaram o engenho durante dois anos e fizeram a primeira carta de reivindicação de melhorias no trabalho de catequese que se tem notícia no Brasil. Desde àquela época restam um tacho de ferro que era apurado o açúcar ali produzido no povoado.
COMO CHEGAR – O acesso a Rio do Engenho pode ser feito através de excursão marítima – lanchas ou escunas – ou via terrestre, pela estrada Ilhéus-Buerarema ou pela BR-415, rodovia Jorge Amado, passando pela localidade rural de Maria Jape, utilizando o serviço do transporte coletivo interdistrital. O vilarejo conta com aproximadamente 450 famílias que moram na praça principal da localidade e também nas fazendas situadas no entorno do povoado. A maioria dos trabalhadores atua na agricultura familiar ou como pequenos e médios produtores de cacau, além de pescadores artesanais.

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