As obras do Bataclan, que vai funcionar como um novo centro cultural, estão em ritmo acelerado e a sua conclusão depende apenas de alguns complementos na parte interna, onde estão um espaço multimídia, cyber-café, uma área de eventos e o quarto temático de Maria Machadão. O prefeito Jabes Ribeiro esteve inspecionando pessoalmente na manhã de hoje (16), as obras de restauração do Batcalan, na Praça José Marcelino, que estão sendo executadas através de uma parceria entre a Petrobrás, Programa FazCultura e a Prefeitura de Ilhéus.

A pintura da parte da fachada está concluída e a obra de restauração do Bataclan vai integrar o conjunto de obras, intervenções urbanísticas e arquitetônicas realizadas no Quarteirão Jorge Amado, um projeto que está sendo desenvolvido em três etapas. O circuito Cravo já foi concluído e o Canela, com obras de urbanização nos armazéns do antigo porto, onde está sendo construído um estacionamento e urbanização da avenida 2 de Juilho e da Praia do Cristo, estão num estágio adiantado e dentro do cronograma estabelecido pelo governo.

TURISMO – As obras de restauração do Bataclan representam um importante investimento de apoio ao turismo ilheense, uma vez que devolve ao patrimônio histórico e cultural da cidade, o antigo bordel que foi cenário do livro “Gabriela, Cravo e Canela,” publicado no final dos anos 50, por Jorge Amado, e que além de editado em dezenas de idiomas, ganhou o mundo através da televisão e do cinema, como novela e filme estrelado por Marcello Mastroinanni e Sônia Braga.

O prédio do Bataclan tem dois pavimentos e representa, sem dúvida alguma, um dos principais ícones do turismo, uma vez que tem recebido anualmente milhares de visitantes do país e do exterior, muitos deles fazendo questão de ser fotografados em frente à fachada da boate, que era o centro da vida noturna de Ilhéus e ponto de encontro de boêmios, coronéis do cacau e intelectuais.

A obra prevê a utilização do pavimento térreo como um grande salão de eventos culturais diversos, inclusive exposições de artes plásticas e apresentações de teatro, com espaço para o cyber-café, cozinha, lojas de souvenirs e sanitários. No pavimento superior, além do terraço que vai ser utilizado como área para eventos culturais, será destinado um espaço temático para Maria Machadão, imortalizada na obra amadiana como a proprietária do bordel que ocupa até hoje, o imaginário dos turistas e visitantes mais curiosos.