Além do aumento do mínimo, o governo elevará o salário-família, de R$ 13,48 para R$ 20,00 para quem recebe até um salário mínimo.
Com a confirmação do novo mínimo, prevaleceu a posição do braço econômico do governo. Nas diversas reuniões que teve nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a defender que o valor deveria ser próximo a R$ 270,00. Durante sua campanha eleitoral, ele prometeu dobrar o valor real (acima da inflação) do mínimo.
A resistência a um aumento mais significativo partiu do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, que argumentava que um reajuste acima de R$ 260,00 causaria impacto negativo na Previdência Social e desequilibraria as contas das prefeituras do país.
Para definir o reajuste, Lula também enfrentou divergências entre os partidos que sustentam seu governo no Congresso e as centrais sindicais. O valor de R$ 260,00 aliás, frustra as pretensões dos sindicalistas, que defendiam até R$ 300,00.
O novo mínimo deverá ser alvo de protestos nas comemorações de 1º de Maio (Dia do Trabalho) das duas principais centrais sindicais do país, a CUT (Central Única do Trabalhador) e a Força Sindical. Nesse dia, o presidente deverá participar da missa do trabalhador, em São Bernardo do Campo (ABC paulista).
Fonte: Agência Folha.