O Memorial da Cultura Negra e o grupo Dilazenze começaram a ministrar ontem (10), na sede da entidade, localizada na rua 19 de Março, centro de Ilhéus, um curso de penteado afro voltado para a atividade de trançado de cabelos. Com duração de cinco dias, o curso é ministrado pela instrutora do Senac, Marilene Gomes, de Salvador, que já ensinou a técnica no Rio de Janeiro e em São Paulo. A proposta dos promotores está ligada ao oferecimento de formação profissional e a geração de emprego e renda. Por ser uma atividade já bastante requisitada por turistas de várias nacionalidades que procuram o destino Salvador, os promotores resolveram trazer para o município com o fim de atender a demanda, tanto dos turistas quanto da própria população local, de acordo com explicação de Marinho Rodrigues, administrador do memorial.

Ainda existem vagas disponíveis para o curso de trançado. O interessado deve procurar a sede do memorial e pagar uma taxa no valor de R$ 10,00. O curso esta sendo ministrado em dois turnos, sendo que a primeira turma é atendida no horário entre 15 e 17 horas e a segunda de 19 às 21 horas. Segundo Marinho Rodrigues, a atividade dá possibilidade às pessoas de adquirirem uma nova fonte de renda. Ele acredita que o trançado de cabelos será bastante procurada no município, tanto por parte da população de Ilhéus quanto pelos turistas.

O trançado de cabelos é uma atividade antiga que, com o passar dos anos ficou esquecida, mas na atualidade esse tipo de penteado está ganhando adeptos em todas as partes do mundo, deixando de ser restrita unicamente ao público negro. Penteado muito comum nos países do continente africano, que chegou ao Brasil com os escravos trazidos para trabalhar na lavoura, está ressurgindo com força nas cabeças de mulheres e homens de várias nacionalidades, principalmente entre pessoas de etnia branca. Os negros já vêm reutilizando a técnica há mais tempo.