Para a próxima folha salarial, o assessor de Planejamento Orçamentário diz esperar um menor nível de dificuldades, pois no final do mês de janeiro o governo federal concedeu um reajuste de 20 por cento nos recursos do Fundef, mas que ainda vai obrigar a Prefeitura a ter que disponibilizar verbas para a conclusão da folha salarial dos professores. Explica Tavares que o Fundef obedece a seguinte sistemática: o governo federal realiza uma complementação daquilo que já é bloqueado dos recursos do município, como FPM, ICMS, entre outros, e quando há uma queda dessas receitas, as prefeituras são então obrigadas a cobrir essa defasagem, o que vem acontecendo em Ilhéus e em tantos outros municípios brasileiro.
Segundo a secretária de Educação, Dinalva Melo, quando o Fundef foi instituído em 1996, ele já foi defasado ao que o próprio texto da lei estabelecia. “Então, isso foi objeto de muitas críticas no governo do presidente Fernando Henrique, de que era preciso reajustar o valor real, porque, na verdade, quando foi criado, o valor per capita/ano do aluno ficou estabelecido um pouco acima de trezentos reais, quando o correto seria o dobro”, afirmou. Hoje, diz a secretária, esse valor é de cerca de R$ 567,00 quando o necessário seria que fosse de R$ 900,00.
Portanto, conclui a secretária, para garantir a folha salarial dos professores, a Prefeitura tem que fazer esforços redobrados para realizar a sua complementação, “e quando aconteceu esse acúmulo de pagamentos de dezembro e janeiro, somando-se a defasagem do Fundef, o município extrapolou a sua capacidade financeira para continuar cumprindo com regularidade esse pagamento, sendo preciso que a categoria compreenda essa situação e retorne às salas de aula para que os alunos da rede municipal não continuem sendo prejudicados”, afirmou.