REINICIADAS OBRAS DE REFORMA DO BATACLAN EM ILHÉUS

As obras de reconstrução do Bataclan foram reiniciadas pela Prefeitura de Ilhéus, após a Petrobrás ter realizado o repasse de recursos oriundos da permuta , onde o município cedeu área para a estatal construir o Porto Seco, na rodovia Jorge Amado (Ilhéus/Itabuna), enquanto a empresa se responsabilizou em viabilizar verbas para devolver ao patrimônio histórico da cidade o antigo bordel do livro de Jorge Amado, “Gabriela Cravo e Canela”. De acordo com o cronograma apresentado ao prefeito Jabes Ribeiro, as obras devem estar concluídas num prazo de 90 dias.
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Foto: CLODOALDO RIBEIRO

O secretário de Infra-Estrutura, Isaac Albagli, explica que nesta etapa de trabalho, além da limpeza interna do prédio, localizado na avenida Dois de Julho, também estão sendo realizados atualmente os serviços de construção de acesso lateral, colocação de esquadrias, assim como a implantação do contra-piso. Com o término das obras, Ilhéus terá de volta um dos seus principais ícones do turismo, que, mesma antes da reforma, todos os anos recebe milhares de visitantes que fazem questão de serem fotografados em frente a sua fachada.

Com dois pavimentos, o Bataclan terá no térreo um grande salão para apresentações culturais diversas e exposições; espaço de café; sala de administração; cozinha; área de souvenir e sanitários. Já no pavimento superior, além de terraço, que também servirá para encontros culturais, será reservada uma ampla sala para memória de Maria Machadão. Para o secretário Isaac Albagli, a entrega do novo Bataclan dará um grande reforço à divulgação do turismo ilheense, “o que vem sendo uma prioridade do prefeito Jabes Ribeiro, que já implantou a Biblioteca e o Arquivo Públicos, urbanizou a primeira etapa do Quarteirão Jorge Amado e está prestes a iniciar a Segunda, sempre na busca de dotar a cidade de toda infra-estrutura para atrair os visitantes”, afirmou.

HISTÓRIA – De acordo com a historiadora e presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine, em seu livro “Passeios por São Jorge dos Ilhéus”, o Bataclan ganhou destaque nacional e internacional devido o livro de Jorge Amado. Segundo ela, “o Bataclan representou na década de 20 o fausto da cultura do cacau. Foi, durante muito tempo, o local preferido dos abastados senhores do cacau, quando a cidade permitia que houvesse vida noturna intensa”.

E continua: “Alí funcionava um salão para dança, shows e um cassino. Constantemente se apresentavam companhias de dança com mulheres bonitas vindas do sul do país e até do exterior. Sempre estavam muito bem vestidas e arrumadas, para atender ao gosto dos frequentadores da casa. Com a proibição do jogo no país, o Bataclan entrou em decadência e o proprietário teve que fechá-la, pois foi impossível continuar a manter o seu luxo só com bar e dança”.

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