Três artistas plásticos pernambucanos irão expor seus quadros na Casa dos Artistas, localizada no calçadão da rua Jorge Amado, no período de 22 deste mês à 06 de fevereiro. Trata-se dos artistas José de Moura, Fernando Guimarães e C. Makalé, que, nesta alta temporada, se encontraram na cidade de Ilhéus, e à convite da Fundação Cultural, decidiram realizar a exposição. José de Moura e Fernando Guimarães residem na cidade de Olinda, e C. Makalé está radicado em Ilhéus há mais de 10 anos, onde já realizou inúmeras vernissage. A exposição será aberta às 18h30min.
José de Moura, que prima pela criatividade e o brilho das cores, começou a se profissionalizar na década de 50, quando concluiu o curso de pintura na Escola Prof. Agamenon Magalhães, onde descobriu que o mundo da pintura era a sua verdadeira vocação. Daí em diante decidiu ampliar seus conhecimentos, tendo também realizado curso de Desenho Arquitetônico e Decoração na Escola Técnica Federal de Pernambuco e o curso livre de Pintura Escultura na Escola de Belas Artes (UFPE). Possui o título de Superior Licenciatura em Desenho e em 1982 fez viagem de estudo na Europa, o que vem lhe garantindo o reconhecimento público e de crítica. No período de 1988/1993 foi coordenador e professor dos cursos do Museu da Arte Contemporânea de Pernambuco.
Fernando Guimarães despontou nas artes plásticas em 1990, participando do Salão de Novos de Aracajú/SE, quando ficou com a terceira colocação. Desenha desde criança, e a partir de 1982 inicia seus primeiros trabalhos com óleo sobre tela, técnica preferida. Desde seus primeiros trabalhos tornou-se evidente em sua obra a forte ligação com a simbologia universal, coisa em que se aprofunda até hoje. Pesquisador na sua arte, Guimarães aprimorou seus conhecimentos em artes plásticas através de vários cursos especializados e da leitura diária.
C. Makalé, já bastante conhecido na região sul da Bahia, possui um estilo instigante e que sempre impressiona pela criatividade. Sobre a sua arte, Aldo Trípoli, da Tribuna da Bahia, escreveu em 1989: “Todos os temas são de profunda meditação e busca. Suas figuras seguem levemente deformadas sem contudo atingir o lirismo fundamental de sua obra, criando nestas distorções de questionamento. As demarcações nos olhos seguem infinitamente seu interior como se buscassem naqueles que o admiram a solução para a problemática da raça humana. Eis portanto a verdade do crescimento de sua integridade”.