Jabes Ribeiro ressaltou a importância das gestões que vêm sendo realizadas junto à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia(Semarh) e que tem resultado na articulação de avanços importantes e parcerias com o objetivo de realizar o diagnóstico das bacias hidrográficas do Cachoeira e Almada, bem como de outros rios da região. Defendeu ainda investimentos públicos em saneamento básico e na despoluição dos rios, “hoje, temos indicadores que envergonham a todos, pois a falta de saneamento se reflete na poluição dos rios e no final tem um custo elevado para a sociedade”.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL – O presidente da Amurc quer investimentos públicos em educação ambiental e na mobilização da sociedade civil para que se evite a degradação dos recursos naturais, “porque Ilhéus, mesmo sendo o terceiro pólo turístico da Bahia tem apenas 60% de saneamento básico na área urbana, daí a necessidade de uma política nacional que contemple a efetiva preservação dos recursos naturais”.
A representante do prefeito de Itabuna, Geraldo Simões, Kátia Lyra, que coordena programas ambientais, fez um resumo das ações realizadas no setor e defendeu a participação do governo na construção de políticas públicas voltadas para a área ambiental, através de investimentos em saneamento integrado com ações sociais. Ela aponta como fator limitante a ações na área ambiental, a carência de recursos, daí a realização de gestões do governo municipal no sentido de conseguir verbas federais para programas setoriais, considerando um avanço importante a implantação do Comitê da Bacia do Leste, mas lamentando ao mesmo tempo a falta na Bahia de uma legislação especifica para o setor.
AMBIENTALISTAS – Ao saudar ao participantes do encontro, o ambientalista Walmir do Carmo, do grupo Grama e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, lamentou que a questão ambiental ainda não tenha sido internalizada pela população e por muitos empresários e políticos. Destacou ainda que o sul da Bahia é uma das áreas de maior biodiversidade do planeta, mas apesar da implantação do Comitê da Bacia, que é importante, o Rio Cachoeira, por exemplo, continua sendo um esgoto a céu aberto.
O presidente do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês das Bacias Hidrográficas (Fonasc), João Clímaco, destacou a participação de representantes de todas as regiões do país e a importância da Fonasc como parte integrante de uma rede com 350 instituições que atuam na área de preservação ambiental, “mas para continuarmos trilhando este caminho precisamos de uma organização cada vez mais forte, para garantir a mobilização da sociedade civil”.