PROFISSIONAIS DE SAÚDE SÃO TREINADOS PARA PREVENÇÃO DO HIV MATERNO-INFANTIL

A coordenação estadual de DST/Aids e a secretaria municipal de Saúde estão treinando profissionais que atuam em maternidades da cidade de Ilhéus visando a prevenção da transmissão materno-infantil do HIV. De hoje (18) até o dia 25, no auditório do Centro de Referência em DST/Aids (antiga F-Sesp), cerca de 35 profissionais de saúde, entre eles médicos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, técnicos e auxiliares de enfermagem, que atuam na assistência ao pré-natal e ao parto, nas maternidades Santa Helena e Santa Isabel, estão participando de treinamento para prevenção da transmissão materno-infantil do HIV ou transmissão vertical, como também é conhecida.

O treinamento faz parte do Projeto Nascer, desenvolvido pelo Ministério da Saúde para reduzir o número de casos de HIV/Aids e sífilis, que tem como forma de transmissão o período perinatal. As ações do projeto envolvem a capacitação de equipes multiprofissionais em acolhimento, aconselhamento, utilização de testes rápidos, manejo clínico de parturientes expostas, testagem e indicação terapêutica para sífilis e vigilância epidemiológica. De acordo com o secretário de Saúde de Ilhéus, Paulo Medauar, o objetivo do treinamento é diminuir a transmissão vertical do HIV e a morbi-mortalidade da sífilis congênita e melhorar a qualidade da assistência perinatal, tendo como enfoque prioritário a mudança no processo de trabalho para implementação das ações de melhoria da qualidade da assistência ao parto e puerpério, “com garantias de sistema de referência especializada para as mulheres com HIV e crianças expostas”.
A coordenadora do programa municipal de DST/Aids, enfermeira Tânia Cordeiro, informa que a expectativa é de capacitar 100 por cento dos profissionais das maternidades cadastradas no Projeto Nascer, envolvidos na assistência ao parto e ao pré-natal. “Em Ilhéus, desde a implantação do Centro de Referência Municipal, já ocorreram 35 casos de Aids e 42 casos de HIV + em mulheres de 10 a 45 anos, ou seja, em plena idade reprodutiva”, afirma, salientando que, de 29 crianças filhas de mães soropositivas acompanhadas pelo centro, três negativaram, 17 foram expostas e estão sendo monitoradas, 7 apresentam HIV/Aids e duas foram a óbito.
Paulo Medauar coloca a questão como um grande desafio para garantir a qualidade do atendimento, acesso e integralidade da assistência para as gestantes de modo geral, e, em especial, as portadoras de HIV/Aids. Para garantir essa qualidade, afirma, “após o treinamento, serão repassados para as maternidades insumos importantes para a prevenção da transmissão vertical, dentre eles kits para realização de testes rápidos, medicamento antiretroviral, inibidor de lactação e fórmula infantil (leite em pó)”.

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