TROFÉU JORGE AMADO HOMENAGEOU A SEMANA DE ARTE MODERNA

As diversas formas de manifestações artísticas foram homenageadas durante o espetáculo de entrega do Troféu Jorge Amado de Arte e Cultura, ocorrido na noite de domingo, no Teatro Municipal de Ilhéus, encerrando as atividades da Semana Jorge Amado de Cultura e Arte, evento anual que reverencia o escritor de maior expressão da literatura baiana, que divulgou Ilhéus para o mundo e faria aniversário naquela data – 10 de agosto. O acontecimento reuniu autoridades como o prefeito Jabes Ribeiro, a primeira dama Adryana Magalhães, a presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maria Luiza Heine, entre outras, artistas e militantes culturais, na noite que prestigiou 15 personalidades que têm contribuído para o desenvolvimento das artes no município. Este ano, o espetáculo produzido pelo Teatro Municipal de Ilhéus tematizou a Semana de Arte Moderna de 1922, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, cujo movimento representou a ruptura do modelo de produção artística no País.

A entrega do Troféu Jorge Amado, que este ano destacou o perfil do escritor baiano, numa criação do artista plástico Alexandre Pinto, foi aberta pelo prefeito Jabes Ribeiro, que ressaltou a importância da obra de preservação da história e da cultura, lembrando que as obras físicas representam muito para uma sociedade, “mas as atividades culturais servem como alimento à alma humana”. Destacou ações recentes como a implantação da Biblioteca Pública Adonias Filho e do Arquivo Público Municipal, a recuperação do Palácio Paranaguá e do Bataclan. hoje, equipamentos imprescindíveis de sustentação e de pesquisas.
O espetáculo lembrou artistas marcantes da Semana de Arte Moderna, como Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Oswald de Andrade, Di Cavalcante, Heitor Villa Lobos, entre outros que fizeram do movimento uma bandeira para a produção de arte brasileira sem interferência européia. Com texto e direção de Júlio César Ramalho, o público aplaudiu 25 novos atores ilheenses que participação de produções locais. Uma das telas de Tarsila do Amaral, denominada de “Abapuru”, símbolo do movimento, ao lado de “Macunaíma”, de Oswald de Andrade, foram mostradas em cena saudando os protestos dos modernistas brasileiros.
HOMENAGEADOS – Entre os agraciados com o Troféu Jorge Amado de Arte e Cultura estiveram secretária adjunta de Turismo e Cultura da Bahia, Sônia Maria de Souza; o ex-presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, o escritor Hélio Pólvora(representado por Maria Luiza Heine; a jornalista Vera Rabelo; o pesquisador da cultura afro e professor universsitário Rui Póvoas; o gerente da Tv Santa Cruz, César Mazzoni, representado pelo gerente de jornalismo Rogério Santos; o presidente do Instituto Histórico de Ilhéus, Manuel Carlos Amorim de Almeida, e os músicos Selma Aguiar, Robson Carvalho e Pedro de Cidra. Também foram homenageados o coreógrafo ilheense Zebrinha, o diretor da Tim/Maxitel, Coppello de Leidicibuf, representado por Vagner Santos; o ator e presidente do Teatro Popular de Ilhéus, Romualdo Lisboa; o diretor e ator Paulo Attho, que dirige o espetáculo “A Marinete de Tieta”, e o pintor Felipe Vernon. Foram feitas três homenagens póstumas, que emocionaram o público: ao babalorixá Pedro Farias, ao escritor Jorge Emílio Medauar e ao ex-tabelião e escritor Raimundo Pacheco Sá Barreto.

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