PERDAS – Tavares ressalta que em paralelo às perdas com a inflação e em arrecadação, a prefeitura enfrenta o natural aumento de custos em função das crescentes demandas dos serviços públicos, do crescimento dos custos de manutenção, do atendimento das necessidades básicas do município e do pagamento da dívida pública. Além do mais, do total arrecadado, 65% das receitas são vinculados automaticamente a obrigações constitucionais, citando como exemplos as verbas de educação, saúde, repasses para a Câmara de Vereadores, custeio de pessoal e pagamento da dívida.
Para o assessor de Planejamento Financeiro, estes fatores adversos exigem do governo municipal a busca constante do equilíbrio fiscal, através do corte de despesas de custeio e obras, o que acaba comprometendo os investimentos que vêm sendo contingenciados: “Como estratégia, o governo municipal optou pelo aperto em cima da redução de custos, racionalização dos mecanismos de gerenciamento da máquina administrativa e limitar os investimentos em prioridades escalonadas”.
ESFORÇO – Em paralelo ao esforço para reduzir custos e oferecer transparência à população, Gilvan Tavares destaca que o governo também realiza um esforço para tentar aumentar a arrecadação direta, o que tem dado alguns resultados positivos, atenuando, em parte, o impacto das perdas”. O mais grave, segundo ele, é que a reforma tributária anunciada pelo governo federal e que foi encaminhada ao congresso, até agora não acena com aumentos ou fortalecimento dos municípios. A única notícia positiva recente seria para Tavares, a lista de serviços tributáveis pelo ISS, que foi aprovada pelo Senado federal e que deve ser sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, que aponta um pequeno aumento nas receitas próprias do município, “mas isso somente a partir do próximo ano, mas não compensa as perdas com o ICMS”.