Aulas teóricas com ênfase no valor nutritivo dos alimentos e no seu manuseio, importância do reaproveitamento das cascas, talos, folhas e sementes para uma alimentação mais saudável e com menor custo. Estas são algumas das informações que estão sendo repassadas aos 20 agentes comunitários de Saúde de Ilhéus que participam do curso de Alimentação Alternativa, realizado em parceria da Secretaria de Saúde e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsepi). Sob a coordenação da professora e bióloga Ruth Collares, as aulas, que foram iniciadas no último dia 5, acontecem na sede do sindicato, na rua Carneiro da Rocha, centro da cidade. O curso será concluído neste dia 9 de maio, às 18 horas, com festa de confraternização e demonstração prática.
Na opinião da instrutora, a fome é um problema de ordem política, econômica e social que se alastra, “provocando um suplício lento e silencioso em suas vítimas. Por isso, estamos lançando mão de uma proposta alternativa que nos permite o acesso à alimentação a partir da valorização de vocações e produtos regionais, dos recursos econômicos, sociais e culturais da nossa região”, disse. Segundo ela, a alimentação alternativa é uma das formas mais práticas de combater a fome, pois, além de conter alto valor nutritivo, aproveita-se frutas e verduras da própria região, como o mamão, a jaca, entre outros.
Para o secretário Paulo Medauar, a parceria entre a Prefeitura de Ilhéus e o Sinsepi “é uma forma objetiva de unir em torno de propósitos claros, o poder público e a classe trabalhadora, visando combater esse mal que atinge milhares de brasileiros, que é a fome e a desnutrição”. Na sua opinião, a divulgação da alimentação alternativa deve ser uma prática constante, uma vez que o brasileiro desperdiça muitos alimentos.