A partir das 16 horas de amanhã (26), a coordenação do Programa Sentinela e a Secretaria de Assistência Social de Ilhéus vão se reunir com membros da rede de proteção contra os crimes praticados em crianças e adolescentes no município. Da pauta do encontro consta a apresentação de dados estatísticos da violência física e sexual, e das mudanças na comissão municipal que trata do assunto. A discussão das propostas das ações que serão desenvolvidos pelo Programa Sentinela também se inclui na pauta que será debatida na Fundação Cultural de Ilhéus.

O Programa Sentinela é desenvolvido em Ilhéus entre a parceria envolvendo os governos municipal, estadual e federal. No ano passado, o programa registrou 156 casos sendo que 32,4 por cento das vítimas são do sexo masculino e 67,6 por cento feminino, tendo 42 por cento sofrido abuso sexual, conforme dados apresentados pela assistente social do programa, Cybele Fontes. Segundo ela, entre as vítimas de abuso sexual, 16 por cento são adolescentes e 69 por cento são crianças de até 11 anos de idade.
A professora Ana Ceres, coordenadora do Sentinela, disse que o dado mais alarmante trata da origem da violência, uma vez que 88 por cento dos casos parte do contexto social. De acordo com Ana Ceres, apesar de apresentar altos índices de violência infanto-juvenil, a sociedade de Ilhéus participa ativamente do projeto através de denúncias de maus tratos sofridos por crianças e adolescentes.
Conforme Cybele Fontes, a rede de proteção contra a violência a menor é composta da escola, família, promotoria pública, policias Militar e Civil e Ministério Público. Ela enfatizou que na reunião serão abordadas questões ligadas ao trabalho do Serviço Social do Sentinela. Disse a assistente social que o desenvolvimento do trabalho do programa também vai ser apresentado, além do esclarecimento dos profissionais que trabalham no Sentinela, que inclui uma equipe formada por psicólogos, assistentes sociais, educadores, advogados entre outros que atuam no programa.