SEMINÁRIO DEBATEU INCLUSÃO DA HISTÓRIA DE ILHÉUS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

A disciplina História de Ilhéus já está na grade do currículo da rede municipal e ainda este ano começa a ser ministrada no ensino fundamental para cumprir a lei nº 2550/95, que institui o ensino da matéria nas escolas publicas municipais. Na última sexta-feira (14), a Fundação Cultural de Ilhéus e a Secretaria de Educação realizaram o seminário ?Vamos conhecer nossa história?, visando oferecer subsídios aos professores que lecionarão a matéria. O evento, que foi desenvolvido no Teatro Municipal de Ilhéus contou com a participação de cerca de 400 pessoas entre professores, profissionais do trade, guias e estudantes de turismo.

Os trabalhos do seminário, ocorridos durante todo o dia foram abertos pelo presidente da Fundação Cultural, escritor Hélio Pólvora e a professora Dinalva Melo, secretária de Educação do município. Coordenado pela historiadora Maria Luiza Heine, o Seminário ?Vamos conhecer Ilhéus?, superou as expectativas, uma vez que as atividades foram aproveitadas pelo principal público alvo. Segundo a coordenadora do evento, além de atingir seus objetivos, o seminário procurou enfocar vários aspectos da história de Ilhéus, de interesse do público em geral, a exemplo de segmentos que trabalham com o turismo local, que acompanharam atentamente as palestras e contribuiu substancialmente com as discussões.

Os aspectos da constituição da cidade, da formação arquitetônica de seu casario e da literatura que o município de Ilhéus possui, foram debatidos em duas mesas redondas que contaram com as arquitetas Virgínia Castro Lima e Marilene Lapa, e as professoras Elza Ramos e Maria Luiza Heine. Outros debatedores como Juliana Menezes e Baísa Nora, além de Ariel Figueroa, bacharel em turismo, e o arquiteto Hermano Freitas também participaram dos debates do seminário.
A coordenadora do seminário, Maria Luiza Heine, especialista em história regional e mestranda em desenvolvimento regional e meio ambiente, na Universidade Estadual de Santa Cruz, disse que a população regional perdeu o referencial depois que a cultura do cacau entrou em crise. Por isso, ela entende que a população da cidade ainda não conseguiu encontrar um novo rumo. Nesse sentido, disse que o seminário procurou possibilitar informações sobre a história local, com vistas a retomar vias de conhecimentos que podem propiciar a volta do crescimento. A historiadora apontou o turismo como uma das alternativas desse desenvolvimento.
Na visão da maioria dos debatedores, a história de Ilhéus é recheada de fatos marcantes, que podem se ser aproveitados pelos setores econômico e cultural da cidade, a exemplo da obra amadiana com seus personagens que passearam pelas ruas e jardins da cidade. Sobre a inclusão da história de Ilhéus na grade do currículo da rede municipal de ensino de Ilhéus, Heine enfatizou dizendo que o material didático já começou a ser distribuído nas escolas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *