O Pará usa tecnologia para dobrar a produção, enquanto na Bahia os empresários buscam perdão das dívidas…

Enquanto na Bahia os produtores, cada vez mais distantes de suas propriedades, apostam suas criatividades para instalar uma CPI na Câmara dos Deputados,  numa tentativa de ter seus débitos perdoados,o  Pará, berço da Vassoura de bruxa, se prepara para tomar em pouco tempo o título de maior produtor de cacau do Brasil. Numa demonstração clara que o trabalho é suficiente para superar qualquer crise.

Mais de 200 agricultores familiares dos projetos de assentamento Ressaca, Rezende e Itapuama, em Senador José Porfírio, participaram do Dia de Campo promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).

A atividade, realizada no último dia 10, no Projeto de Assentamento Ressaca, a 220 quilômetros da sede do município, no oeste do Pará, oportunizou, aos agricultores e técnicos ligados ao setor agrícola, um debate sobre a cultura do cacau, segunda maior fonte da economia da região.

São mais de dois mil produtores, com mais de três milhões de pés de cacau, mas grande parte das lavouras foi formada a partir de material genético de baixa qualidade o que tem comprometido a produtividade. Foram discutidas práticas de poda e manejo adequado da cultura, a necessidade de melhorar a qualidade do produto e a utilização da estufa para a secagem das amêndoas, além do aperfeiçoamento do sistema de comercialização.

Apesar de produtivas, as lavouras fornecem no máximo um quilo de amêndoa por planta em cada safra. Por isso a Emater quer introduzir material genético de qualidade, para multiplicação nos campos, além de tecnologias adequadas e assistência técnica que aumentem a produtividade. “O propósito da Emater é duplicar a produção, em um espaço médio de tempo”, acentua o técnico da Emater, Josué Cavalcante.

O casal Antonio e Evalda Lopes tem pelo menos três mil pés de cacau. Eles contam que as primeiras árvores do fruto nasceram de sementes coletadas em casa de vizinhos, o que comprometeu a produtividade. “Nós ficamos muito contentes quando participamos de um evento assim, porque podíamos estar produzindo muito mais”, disse Evalda. “Nosso sonho é aumentar o plantio e isso será possível, agora, com assistência técnica”.

Segundo a presidente da Emater, Cleide Amorim, para a empresa, parceira do agricultor e incentivadora da organização social das famílias, é importante que o agricultor procure assistência técnica na hora de realizar toda e qualquer atividade produtiva. “Essas tecnologias estão acessíveis aos agricultores”, assinala. “Com esse tipo de apoio é possível utilizar materiais de alto padrão de qualidade e melhorar o cacau”.

Por Agência Pará de Notícias e Adaptaçõesdo Photossintese.blog.br
Texto: Iolanda Lopes – Emater – ascomematerpara@gmail.com

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