Nos últimos 12 meses, o crescimento no saldo líquido de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas (MPE) baianas revela o bom momento desses empreendimentos. Segundo estudo do Sebrae, elaborado com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de contratações líquidas de empregos, ou seja, a diferença entre admissões e demissões nas MPE, saltou de 3.327 postos, em agosto de 2012, para 5.595, no mesmo mês deste ano. Na direção contrária, as médias e grandes empresas (MGE) do Estado registraram, em agosto, demissões na ordem de 1.816 vagas.
Com esse número de empregos formais celetistas registrados em agosto de 2013, a Bahia fica no 6º do ranking de capitais brasileiras e lidera na região Nordeste. Entre as capitais com maiores índices, seguem São Paulo (43.860), Paraná (11.307), Rio de Janeiro (10.459), Rio Grande do Sul (8.538) e Santa Catarina (6.831).
A analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia, Dora Parente, destaca que o resultado pode ser atribuído ao fato de a economia baiana estar apresentando resultados mais favoráveis do que outros estados. “Nesse aspecto, vale destacar que a economia baiana é fortemente influenciada pelo setor de serviços, que é o maior empregador”.
Como destacou Dora, a partir dos dados apresentados no estudo, o setor de serviço é o que mais responde por esse incremento de empregos na Bahia, com saldo de 2.447. Em seguida, vem a construção civil, com 1.499, e o comércio, com 1.218.
No país, os pequenos negócios garantiram praticamente 100% dos postos de trabalho criados no mês de agosto. Ao contrário das médias e grandes empresas, que cortaram 2,4 mil vagas no mês, as MPE geraram 127,4 mil empregos, um aumento expressivo de 128% sobre o volume registrado em julho deste ano.
Nota metodológica
A partir de janeiro de 2013, foram classificadas como MPE as empresas da indústria, construção civil e extrativa mineral com até 99 empregados, e as de comércio, serviços, agropecuária e serviços industriais de utilidade pública, com até 49 empregados.