O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro e secretários, que participaram da solenidade de reinauguração da UTI do Hospital São José encontraram na saída da Santa Casa de Misericórdia, uma forte manifestação de servidores públicos que estão em greve há dias. O clima ficou tenso e foi preciso segurança para garantir a integridade do prefeito que deixou o local, mais uma vez, constrangido.
Agora a tarde, Jabes Ribeiro divulgou uma nota pública condenando o modelo da manifestação e acusou lideranças sindicais de tentar conduzir os servidores para “um caminho de desserviço à democracia”. Na nota, Jabes afirma que a situação em nada contribui para a manutenção do diálogo proposto pela administração municipal. “Apesar de todo o esforço desenvolvido pela atual gestão, alguns sindicalistas insistem em negar o conhecimento, que possuem, da situação real das contas municipais e da imperiosa necessidade da administração obedecer às limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirmou.
“Tais práticas só elevam o nível de tensão, prejudicam a população ilheense, ao impedir o direito de ir e vir das pessoas, e impedem a racionalidade na busca de uma solução que seja a melhor para todos”, afirma a nota. O prefeito Jabes Ribeiro reiterou sua disposição de manter abertos os canais de diálogo, mas repudiou o que definiu como “tentativas de intimidação que não conduzirão a nada de positivo”. Nos últimos dias manifestações populares contra o prefeito aconteceram em alguns pontos da cidade. Jabes chegou a admitir estar constrangido para trabalhar.
Nota da Redação: É preciso estabelecer uma distância inviolável entre a reivindicação e a agressão. As duas coisas, no regime democrático, não se completam. A sociedade respeita a luta dos trabalhadores, apoia o movimento por melhores salários. Mas condena qualquer tipo de agressão, seja de que lado ela parta. Para Ilhéus garantir os direitos do cidadão é preciso, sobretudo, equilíbrio entre as partes que hoje estão em conflito de idéias. É a nossa opinião.