O Centro de Estudos Professor Edgard Santos promove nesta sexta-feira (3) a palestra Reflexões sobre a Prática Médica Atual. Para falar sobre o tema, o convidado é o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), doutor José Abelardo Garcia de Menezes.
Tendo como público convidado para a palestra médicos, outros profissionais da área de saúde e estudantes de Medicina, o evento está agendado para o auditório Paulo Bicalho, no Hospital Calixto Midlej Filho, às 20 horas. Com realização da Fundação Centro de Estudos Professor Edgard Santos (Funcepes), o apoio é da Delegacia Regional do Cremeb em Itabuna, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e Plansul.
O palestrante José Abelardo Garcia de Menezes é médico anestesiologista com longa trajetória dedicada à gestão pública da saúde, tendo assumido cargos importantes dentro da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e dentro do próprio Cremeb, onde atuou como vice-presidente e corregedor, entre outros cargos. Tendo assumido a presidência do Conselho em 2011, Abelardo dedica-se, desde então ao trabalho interno junto ao Tribunal de Ética Médica, bem como às palestras, audiências públicas e às visitações às 22 delegacias do interior da Bahia, entre as quais a de Itabuna.
Ao assumir a presidência do Cremeb, José Abelardo foi entrevistado pelo Revista do Cremeb e, perguntado sobre quais os principais desafios da gestão, respondeu: “Resgatar a dignidade médica através de convencimento por meio de lutas, para que o poder público reconheça no médico um profissional indispensável na assistência à saúde. E nesse contexto também conseguir que a remuneração seja o mais próximo possível das necessidades do médico. Lutar para que a inserção dele no serviço público volte a ser valorizada, que o médico não tenha o serviço público apenas como mais um meio de complemento da renda, e sim como um objetivo, uma meta de servir à população mais necessitada do país. E que ele fique satisfeito com as condições de trabalho, a remuneração e o reconhecimento do gestor. Isso porque o que vemos hoje é o médico cada vez mais afastado das políticas públicas e, embora a legislação brasileira não permita, existem postos de atendimento e de trabalho exclusivos dos médicos sendo desenvolvidos por outros profissionais, como por exemplo em equipes de saúde da família. É preciso elevar a autoestima do médico que se dedica ao serviço público e não considerá-lo como profissional de segunda categoria”.