Terceiro colocado nas eleições municipais que deram a vitória ao advogado Jabes Ribeiro, o PSOL de Ilhéus emitiu hoje uma Nota Pública onde analisa a situação política do município e faz sérias críticas ao atual gestor. “O Partido Socialismo e Liberdade – PSOL 50 aguardou de forma criteriosa, prudente e sensata para se manifestar publicamente sobre os acontecimentos que vem assolando a sociedade ilheense de modo que possa de forma inatacável e honesta mostrar até onde chegou a incompetência administrativa instalada nesta cidade a partir de janeiro 2013. Uma análise sistemática sobre um governo que após seis meses à frente da prefeitura municipal, não consegue resolver as questões básicas do município. O povo de Ilhéus merece e exige respeito!”, cobra o partido.
O PSOL aproveita para lembrar que a cidade tem uma história rica, um vasto patrimônio sócio cultural, riquezas naturais maravilhosas além de um povo ordeiro, honesto e trabalhador. “Temos tudo para sermos felizes. Falta-nos, entretanto, uma gestão municipal capacitada a dirigir nossa cidade com compromisso, lealdade e responsabilidade. A pergunta que fica é, será que o povo de Ilhéus levou mais um calote eleitoral?”, questiona
“Onde se encontra o prefeito que há meses atrás dizia ter a solução para todos os problemas e que por “amor” seria a melhor opção para a cidade?”, pergunta, novamente.
O partido le,bra que, durante a campanha, Jabes afirmava em seus discursos eleitoreiros o seu livre acesso aos governos Estadual e Federal, aos Ministérios em Brasília, aos Deputados e Senadores de base aliada, sua vasta experiência anterior que o qualificava assim a ser o prefeito mais apto para a cidade, e que mudaria a realidade de Ilhéus para melhor. “O Prefeito eleito, depois de transcorridos 06 (seis) meses de sua posse, fica agora se lamentando. Alegando que a situação financeira do município é caótica”, condena.
Para o PSOL, Jabes esquece que foi ele mesmo quem levou a cidade a esta condição. “Em sua última gestão, nos estertores do seu último mandato, abandonou a cidade em péssimo estado. Casos gravíssimos de saúde pública, educação sucateada, transporte, limpeza urbana, iluminação publica, segurança e saneamento básico, calçadas e ruas esburacadas. A falência desta gestão deixou Ilhéus sem nenhum tipo de recurso financeiro inclusive, para o início dos trabalhos do novo prefeito eleito”, afirma a nota.
“Complementando estes desmandos aliam-se os precatórios formados em suas outras gestões cujos pagamentos foram sempre postergados e os interessados diretos passando por necessidades vitais de sobrevivência. Este não é o Prefeito que Ilhéus desejava e quer. Para isto basta verificar as dezenas de processos que o mesmo responde nos Órgãos Públicos e Tribunal de Contas do Município, por não ter cumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal e por ter sido e um péssimo administrador”.
Na nota o partido pergunta à sociedade se ela sabe por que o município permanece como antes. E responde: “A resposta é simples. Não existe diferença entre quem governou antes e quem volta a governar! Ilhéus continua nas mãos da velha política viciada e destruidora de sonhos”. E elenca uma série de dificuldades vivenciadas pelo povo local.
“Esta crescente insatisfação e um sentimento de indignação é o que se observa através de manifestações em todo o Brasil e que tem tido respaldos em Ilhéus. Lutamos e queremos reafirmar os direitos e melhores condições de vida, de habitação, saúde, educação e transporte para os habitantes do meio rural, mais inclusões do povo indígena e dos afrodescendentes em nossa sociedade. O PSOL através deste manifesto reivindica mais um direito. O direito a dignidade do povo de Ilhéus!”, encerra.
Este foi o primeiro manifesto público assinado por um partido político de oposição, após o início da crise política no Palácio Paranaguá.