25 de abril, Dia do Contabilista, é propicio para reflexão sobre a profissão. A Contabilidade é uma ciência, cujas origens se confundem com a própria história da humanidade. Embora os primeiros assentamentos contábeis de que se têm notícias tenham sido feitos na Suméria, região da antiga Mesopotâmia, há mais de 10 mil anos, a prática contábil remonta às origens do homo sapiens.
Quando pessoas, individualmente ou associadas, aglutinam ideias, capital e trabalho, promovem o nascimento de uma entidade com patrimônio composto de bens, direitos e obrigações. Para controlar esse complexo aziendal a administração necessita recorrer à Contabilidade, que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro dos atos e fatos da administração econômica.
Profissionais de contabilidade devem agir com sabedoria, dedicação e abnegação, para se transformarem em verdadeiros mananciais de informações necessárias para tomada de decisões. É imprescindível permanente atualização profissional, visando a acompanhar a evolução da contabilidade.
A administração tributária no Brasil tem passado por um avançado processo de transformação que tem obrigado o profissional de contabilidade a se desdobrar para se atualizar. Com as inovações tecnológicas implantadas, o expediente dedicado ao cumprimento das obrigações tributárias chega a ocupar mais de 80 por cento do seu expediente, dificultando seu aperfeiçoamento em outros campos da contabilidade.
A remuneração média dos profissionais de contabilidade a partir de 2007 aumentou em mais de 50 por cento, e em alguns casos chegou a dobrar, principalmente após o movimento de convergência contábil para adequação às normas internacionais de contabilidade. As empresas de médio e grande porte constataram acentuado turn over de profissionais da área, principalmente para aqueles que se especializaram em SPED Contábil, SPED Fiscal e SPED Contribuições (Sistema Público de Escrituração Digital, adotado no âmbito federal, estadual e municipal). Trata-se do monstro que tem aterrorizado principalmente os profissionais que relutam em se adequarem aos avanços da profissão.
Para aqueles que dedicam suas carreiras a micro e pequenas empresas, resta a frustração do aviltamento a que são submetidos pela maioria dos empresários que, além de mal remunerar não entendem a nobre missão do contabilista e a importância da contabilidade na sobrevivência de seus empreendimentos. Não se utilizam dela para tomada de decisões.
O profissional de contabilidade deve se submeter a uma árdua formação continuada, fazer por merecer respeito, dignificar e enaltecer a profissão; deve ser forte nas adversidades, sábio na execução de suas tarefas e trabalhar com abnegação, pois o retorno financeiro será sempre consequência do cumprimento de sua missão.
Juventino Ribeiro, contador – Ilhéus-BA