As consultas preliminares da organização do Aleluia Ilhéus Festival com os expositores que participam do evento demonstram um bom grau de satisfação, com aspectos positivos e expectativas superadas. A afirmação é da técnica do Sebrae e gestora do projeto Economia Criativa, Valdinéia Borges. Ela ressalta que, considerando os três primeiros dias do empreendimento, a mensuração aponta que a grande maioria dos produtores e artesãos define como bom ou ótimo o resultado do festival.
Por sua vez, a consultora do Sebrae, Ana Paula Oliveira, conta que com relação às vendas, os expositores as consideram boas. O evento tem servido para abrir as portas, para comercializar, divulgar os produtos e manter contatos. Para avaliar o evento e colocar sugestões para a próxima edição, cada um dos expositores recebeu questionários. O resultado será divulgado na próxima semana.
Nestes perfis se encaixam as empreendedoras individuais ilheenses Lourdes e Fernanda Villas Boas, que produzem aromatizantes de espaços e roupas, cremes e sabonetes líquidos e em barras de 90 gramas. “Estamos com boas vendas e o mais importante são os contatos já mantidos. Tudo isso está sendo proveitoso. Acreditamos que a partir de agora tudo muda, para melhor”, relatou Fernanda.
Outro expositor também satisfeito com o mundo dos negócios é Tilson Prates, da Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar e Economia Solidária, de Itabuna. “Não tenho queixas com relação ao empreendimento. Nossos produtos diversificados vêm recebendo boa aceitação, pois são considerados ótimos. Todos à base de leite de cabra e o carro-chefe é o aperitivo denominado “Fogo de bode, muito procurado, por conta do seu lado afrodisíaco”, acrescenta.
Do município de Gandu, região do Baixo Sul da Bahia, agricultoras assentadas divulgam e comercializam no Aleluia Ilhéus Festival, o artesanato feito com a fibra do caule e folha da bananeira. O agrônomo Sebastião Bonfim, do núcleo operacional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), explica que elas fazem cestas para café da manhã, pães, caixas decorativas, porta-jóias, jogos americanos, chapéus, dentre outros utensílios. “Todos estão satisfeitos com os resultados até agora obtidos neste evento”, ressalta Bonfim.
Gandu, com potencial natural para a produção de banana, até então não valorizava as bainhas (folhas) da bananeira que eram descartadas e ficavam subutilizadas. O agrônomo disse que hoje, elas encontraram novas utilidades para a matéria-prima e produzem também bolsas, fruteiras, luminária e outras peças. Grande parte dos produtos é vendida para várias partes do país, a exemplo de Minas Gerais. Essas artesãs vão participar, em Salvador, de 10 a 14 de abril, do II Salão de Turismo, no Centro de Convenções da Bahia.