Segundo dados do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), em 2012, existiam mais de 18 mil médicos em atividade no estado e cerca de 600 novos profissionais, por ano, entravam no mercado baiano. Com uma população de 13.633.969, segundo o senso de 2010, a Bahia teria um médico para cada 758 habitantes, o que seria uma média excepcional. Na prática, contudo, o que se percebe é uma escassez de profissionais.

Nesse início de 2013, Ilhéus vem penando com essa situação. Uma grande virose se alastrou pela cidade nos últimos dias, mas, os hospitais não conseguem atender a demanda. Os moradores se deslocam aos diversos estabelecimentos, público e particular, na esperança de encontrar um profissional especializado, no entanto não conseguem. Médicos em Ilhéus estão escassos.

Mesmo com toda experiência da secretária de saúde, Ledívia Espinheira, o setor na cidade não consegue se reerguer dos problemas causados pela gestão anterior. Enquanto isso a população sofre com a falta de atendimento médico tendo que se deslocar até a cidade vizinha para realizar alguns procedimentos.

No ano anterior, o problema da falta de médicos era visto como uma questão de má distribuição dos profissionais. No entanto, segundo o governo estadual o número insuficiente desses profissionais estava mais relacionado a um continuísmo cômodo, que favorecia a alguns segmentos da categoria.

Esse posicionamento foi expresso pelo diretor de Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Ricardo Heinzelmann. Segundo ele, “Fala-se muito de um médico para cada mil pessoas, mas isso não quer dizer muita coisa, porque, essa ideia facilita a vida dos que querem manter as condições atuais, cuja oferta de trabalho é muito superior à procura, o que faz elevar os salários”.