Sacos de cacau serão queimados em protesto

Lutando contra as importações de cacau e melhoria do preço pago no mercado interno, os cacauicultores baianos organizaram um protesto para esta terça-feira, 05, à partir das 9h, no Porto do Malhado em Ilhéus. O intuito é parar com as atividades do Porto e impedir que uma carga com cinco mil toneladas de amêndoas, oriundas de Gana desembarque no estado.

Os municípios vizinhos que integram a região cacaueira enviarão caravanas para participar garantido força ao movimento. Cidades como Itajuípe, Santa Luiza, Itabuna, Ibicaraí, Camacan, Ibirataia e Ilhéus já confirmaram presença durante o manifesto.

De acordo com o Diretor da Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida, a região vive um momento de crescimento e união: “Esse é um momento em que a região demostra maturidade, onde a união de diversas correntes para o bem comum está sendo efetivada”, destacou.

O preço pago ao produtor de cacau no mercado interno está baixo, girando em torno de R$ 58,00 a R$60,00 a arroba no eixo Ilhéus – Itabuna. Valor que, de acordo com os produtores, está abaixo do custo de produção e por isso inviabilizado a permanência da cultura.

Além disto, as indústrias não estão comprando amêndoas no mercado interno, deixando os produtores baianos com a carga estocada. Diante do atual cenário, os cacauicultores farão um manifesto no Porto do Malhado de Ilhéus, nesta terça-feira, 05, à partir das 9h, onde pretendem parar as atividades do Porto, queimando sacos de cacau.

O intuito é mobilizar o governo em favor da cacauicultura baiana. “Esperamos que o governo cumpra com sua missão de mediador entre produtores e indústria, estabelecendo dispositivos para dar equilíbrio à relação entre produção e demanda”, afirmou o Presidente do Instituto Pensar Cacau (IPC), Águido Muniz.

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