Segundo um levantamento divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas, oito dos itens mais consumidos no Natal tiveram reajustes maiores que o da inflação (veja ao lado) se comparados com o mesmo período do ano passado. Entre eles estão as nozes, o frango especial, as avelãs, o tender e as passas. A média de aumento entre esses produtos foi de 9,8%, enquanto a inflação do período ficou em 5,73%.

“Estou achando a parte de aves e suínos muito mais cara que no ano passado. Estou escolhendo uma marca de menor preço e diminuindo as quantidades”, observou a farmacêutica Ana Cristina Lage, que foi fazer compras para a ceia no Extra da Vasco da Gama. Ela destaca o preço do tender, um dos que mais aumentaram, segundo a pesquisa. “A gente (ela e o marido) está bem assustado”, conta. A estratégia de Ana Cristina é a mais acertada, segundo o economista André Braz, responsável pela pesquisa.

Segundo ele, uma maneira de minimizar os efeitos dos aumentos é substituir marcas líderes, que geralmente são mais caras, por outras menos conhecidas.

Braz também alerta que o ideal é não deixar para última hora a compra dos alimentos da ceia. “Isso porque aqueles produtos que são mais bem dimensionados para uma família média e pequena, como uma ave, por exemplo, acabam primeiro. Os que deixam a compra para depois podem gastar mais porque adquirem um produto maior do que suas necessidades, o que o torna mais caro”, explica.

Outra estratégia para economizar é a boa e velha pesquisa de preços.