Os pesquisadores Charles Roland Clement, Imar César Araújo e Wander Chaves Flores, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), estão entre personalidades e instituições homenageadas pela Comissão Organizadora na abertura do 1º Simpósio Brasileiro da Pupunheira (Simbrap), terça-feira, 27, no Centro de Convenções Luis Eduardo Magalhães, em Ilhéus, a 433 quilômetros de Salvador. As homenagens se deram pelas contribuições na pesquisa e estímulo à exploração econômica da cadeia produtiva da pupunha – palmito, frutos e madeira do estipe da pupunheira.
A solenidade foi aberta com o canto do Hino Nacional pelo Coral dos Servidores da Ceplac que homenageou a cidade com a música “São Jorge dos Ilhéus”, do cantor e compositor ilheense Saul Barbosa, falecido há um ano. Na saudação, a presidente da Comissão Organizadora, Maria das Graças C. Parada Costa Silva, fez retrospectiva sobre as pesquisas referentes ao cultivo da palmeira para produção do palmito no Brasil e sua introdução na Bahia, em 1982, quando a Ceplac recebeu as primeiras sementes na Estação Experimental Lemos Mais, no município de Una.
O diretor técnico – cientifico da Ceplac, Manfred Muller, que representou o diretor Jay Wallace da Silva e Mota, disse que no Pará, seu estado natal, a pupunheira é selecionada pelo paladar pelos amazônidas, principalmente as crianças que dela se alimentam no cotidiano, já que os frutos da palmeira são largamente usados. Segundo ele, atualmente cerca de 150 mil hectares são cultivados há no Brasil não só para produção de palmito. ”Portanto, esse evento se reveste de importância, já que temos aqui os maiores especialistas nacionais e internacionais”.
O superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri/Bahia, Raimundo Sampaio, que representou o governador Jaques Wagner e o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, declarou que o Governo do Estado vê com otimismo o cultivo da pupunheira pelos agricultores familiares, a exemplo do que acontece no Baixo Sul, particularmente, a experiência do grupo Odebrecht, no Vale do Juliana, onde apóia a produção sustentável de palmito de pupunha de um assentamento. “A Bahia tem atualmente 21 câmaras setoriais no agronegócio e vê o palmito de pupunha como uma estratégia segura de desenvolvimento desta cadeia produtiva”, disse.
Nesta quinta-feira, “A Propagação e Manejo da Pupunheira para Produção de Palmito” será tema de mesa-redonda, às 8 horas, tendo como moderadora Catarina Cotrim Sobrinho, da ADAB, e debatedores Douglas André Steinmacher, da UFSC/SC; Edson Lopes Reis, da Ceplac; Hernán Roberto Del Alcázaer Sáenz, da Asteca/BA; e Valéria Aparecida Modolo, do IAC/SP. Às 10 horas, será debatido “Manejo de Pragas da Pupunheira” em mesa-redonda moderada pela pesquisadora Stela Dalva Midlej Silva, da Ceplac, e debatedores: Jose Inácio Lacerda de Moura, Edna Dora Martins Luz e José Luiz Bezerra, da Ceplac; e Ronaldo Pavarini, Unesp/SP.
As apresentações orais acontecem entre 14 e 16 horas, quando se inicia a mesa-redonda “Estado da Arte do Melhoramento Genético da Pupunheira”, moderada por Uilson Lopes, da Ceplac, e tendo como debatedores Antonio Nascim Kalil Filho, da Embrapa Florestas/PR; e Dário Ahnert, Uesc/BA.
O 1º Simbrap é organizado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São parceiros, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri) e Fundação Pau Brasil.
Conta com apoio da Embrapa, IF Baiano, Banco do Nordeste, Senar, Sebrae, Secretaria da Agricultura, Reforma Agrária e Irrigação da Bahia (Seagri), EBDA, ADAB, Bahiatursa, Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Associação Brasileira de Horticultura, Sociedade Brasileira de Fruticultura, Prefeituras de Camamu, Ilhéus, Itabuna, Una e Uruçuca, Inaceres Agrícola, Coopalm, Palmitos Cultiverde, Grupo Gabrielli e Viveiros Flora do Vale.