A sublime arte de enganar

No Brasil a política partidária é vista pela maioria da população como enganação, forma de ludibriar as pessoas trabalhadoras e honestas, pagadoras de impostos e que não vêem esse dinheiro revertido em beneficio coletivo.

Aqui em Ilhéus não é diferente, quem está no poder quer ficar e quem está fora ou quer voltar ou mesmo entrar pela primeira vez.

A corrida eleitoral já deu largada e muitos estão com seus palanques móveis nas ruas e nos bastidores, desde candidatos a prefeito como a vereador.

Tem vereadores querendo virar prefeito, estes mesmos que apóiam ou apoiaram em tempos passados, alcaide que quer voltar e que hoje não se bicam (até agora), pois após o pleito todo mundo se ajeita.

Interessante que tem candidato que além de sempre ter feito acordo com os prefeitos do passado e que está entalado até o pescoço na atual gestão, está reunindo correligionários na tentativa de ser o candidato do partido da vez.

O que esse postulante irá dizer em seus discursos por aí? Estou na atual gestão, trabalhando pelo povo, mas sei que posso fazer tudo aquilo que o atual prefeito não vem fazendo, só não largo o cargo porque amo Ilhéus.

Uma piada com o dinheiro do povo, os caras elegem-se vereador para defender os interesses do contribuinte e simplesmente em grandes negociatas assumem uma secretaria para apadrinhar seus chegados e claro mamar um pouco mais nas tetas da velha viúva.

Até quando o povo de Ilhéus vai ficar sofrendo com esses espertalhões, que nos bastidores são todos amigos e tramam como estar sempre no poder?

Até quando iremos ficar comendo o “H” de políticos que só aparecem aqui para ganhar pomposas diárias e encabelar o povo, e não trazem nada, absolutamente nada para Ilhéus.

A briga é interna, eles engalfinham-se para ter o poder da caneta e manipular ao bel prazer o dinheiro público, aquele mesmo que falta a saúde, a educação, ao saneamento básico, a infraestrutura (a cidade ganha para a lua e para qualquer queijo suíço quando o assunto é crateras).

A bola da vez é a tão sonhada segunda ponte Ilhéus-Pontal e as mega obras que envolvem o complexo intermodal, como aeroporto internacional, porto, ferrovia e a lendária ZEP (que já elegeu gente em muitas oportunidades), não custa nada seguir o conselho de São Tomé “só acredito vendo”.

As trincheiras estão sendo abertas na guerra pelo poder e munição não irá faltar por todas as coligações e a única certeza é que quem irá levar bala até umas horas é o povo, pois esse sempre é o alvo e não sabe esquivar-se da mira certeira das aptas aves de rapina.

Aderino França

Filho de Ilhéus e eleitor indignado

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *