Começa temporada de baleias jubarte na Bahia

A estimativa é de que 9 mil jubartes cheguem às águas brasileiras. Bahia e Espírito Santo são os principais destinos das gigantes que chegam a medir até 40 toneladas

 

As águas de temperatura amena do litoral brasileiro são atrativos para as baleias jubarte que percorrem cerca de 4,5 mil quilômetros de distância  para se reproduzirem no Brasil. Elas deixam para trás o frio da Antártida, onde se alimentam, para dar à luz, amamentar e se acasalar nas águas calmas e quentes do País. As ilustres visitantes permanecem no Brasil, principalmente na costa entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo, de julho a novembro. Apesar de estes dois estados reunirem cerca de 80% da população de jubartes que migram anualmente para o Brasil, existem registros de ocorrência da espécie desde o Rio Grande do Sul até o Pará. A maior concentração é no Banco dos Abrolhos, que tem como ponto do continente mais próximo a cidade de Caravelas, no sul da Bahia, onde o Instituto Baleia Jubarte (IBJ) mantém, desde 1988, uma sede.

Com a recuperação da população da espécie – o que se deve, principalmente, ao fim da caça comercial,  que no Brasil foi oficialmente encerrada em 1986 – as jubartes podem ser encontradas também em uma antiga área de reprodução, na região da Praia do Forte, no litoral norte da Bahia – local onde o IBJ também mantém seu Centro de Visitantes. Estima-se, de acordo com estudos do Instituto Baleia Jubarte, que o crescimento da população seja da ordem de 7% ao ano. A estimativa mais recente, de 2008, sinaliza que 9 mil baleias jubarte se deslocam anualmente para o litoral brasileiro, nesta época.

Enquanto para os pesquisadores do Instituto Baleia Jubarte o período é de muito trabalho, estudo e sensibilização da sociedade, para os mais ávidos em ver de perto as gigantes e dóceis jubartes é chegada a hora de se programar para um cruzeiro de turismo de observação de baleias. Os passeios, monitorados pelo IBJ, tem como destino lugares como Abrolhos, Praia do Forte, Morro de São Paulo e Itacaré, com destaque para os dois primeiros.

Conhecida também como baleia corcunda, a baleia jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera novaeangliae. O primeiro nome significa, em grego, “grandes asas” e Nova Inglaterra é o local onde a espécie foi avistada pela primeira vez. Entre as características mais marcantes da jubarte estão as longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 do comprimento total e os saltos em que podem chegar a expor até 2/3 de todo o corpo da baleia, numa rotação que pode ser total.

 

Encalhe

O início da temporada reprodutiva das jubartes e o crescimento da população traz também o aumento do risco de encalhes. O Programa de Resgate do Instituto Baleia Jubarte em parceria com Instituto Mamíferos Marinhos tem um telefone de emergência que funciona 24 horas para atender os casos de encalhe. Ligações a cobrar também são recebidas.

Praia do Forte: 71-3676-1463 e 71-8154-2131

Caravelas: 73-3297-1340 e 73-8802-1874

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