BLOG DO A.O.

Antônio Olímpio

Dentro em breve estaremos colocando à disposição dos internautas o BLOG DO A.O. Nossa intenção é disponibilizar variadas notícias diárias. Tais notícias versarão sobre coisas do cotidiano, comentários políticos, pesca, culinária, notas sobre o legislativo ilheense, artigos esparsos e matérias constantes de livros, que pretendo publicar a partir segundo semestre. Agora estou envolvido na preparação final do livro OS PEIXES E OS FRUTOS DO MAR À MESA, que deverá ser lançado a partir de junho.

ERRAMOS: A matéria publicada na pag. 17 do FOCO BAHIA, edição de 14.04.2011, com o título O ESTIVADOR, na coluna À SOMBRA DA GAMELEIRA, saiu com um erro gravíssimo, que distorce totalmente o sentido, ou melhor, torna sem sentido o penúltimo parágrafo. Onde se lê inóspito leia-se de INOPINO.

LIGEIRINHAS: Determinado vereador, que prima pela agressão ao idioma de Camões, anda espalhando pela cidade que a empresa que instalou os pardais e é responsável pelas multas aos motoristas é de propriedade de seu colega, o vereador Marcos Flávio. A palavra do vereador em questão é “digna” de fé, eis que é conhecido como um símbolo da honestidade e jamais possuiu qualquer empresa prestadora de serviços ao município de Ilhéus ou de qualquer outro município vizinho. Especialmente na área de transportes.

MATÉRIAS ESCRITAS: As matérias escritas no blog poderão ser transcritas em qualquer veículo da imprensa regional, desde que citem a fonte. A autorização formal fica de logo consignada.

 

Tenciono publicar várias matérias que constarão de futuros livros a serem publicados, com os títulos: A SUBLIME ARTE DE DIZER BESTEIRAS – A FACE HILÁRIA DA CIDADE – O GUAXINIM – POLÍTICA E PESCA – UMA CAMPANHA EXITOSA – CAMPANHAS FRUSTRADAS e outros que estão em fase de “gestação”.

O que me inspirou na eleição dos títulos dos futuros livros foram alguns fatos interessantes como os a seguir relatados: Para a SUBLIME ARTE DE DIZER BESTEIRAS – Há cerca de cinquenta anos passados a melhor revista nacional era a “O CRUZEIRO”. Tal revista publicava duas sessões interessantíssimas sob os títulos “O AMIGO DA ONÇA e O IMPOSSIVEL ACONTECE”. Nessa última saiu uma matéria que me inspirou a adotar o título do livro referido. Transcrevo: “Um ex-prefeito da cidade cearense de SOBRAL, candidatou-se a deputado estadual e no comício realizado naquela cidade disse: “Não estou pedindo votos por pedir. Peço cobrando. Voces se lembram como era este nosso município: estradas esburacadas, ruas no barro, sem calçamento e drenagem. Pois bem, eu encascaralhei as estradas, paralepipeidei as ruas e acanalhei as águas. Sou ou não merecedor do seu voto? Vote em mim que farei muito mais na Assembleia Legislativa do Estado”.

Ainda para o primeiro livro lembrei-me de uma série interminável de besteiras ditas diariamente na televisão, por políticos, em propagandas diversas de agências de publicidade famosas, por atores, culinaristas, etc. Na verdade não tencionamos ensinar o idioma pátrio a ninguém. Nossa intenção é proporcionar sadio divertimento aos leitores, mencionando o besteirol. Afinal de contas o que mais faz sucesso é este tipo de humor. O humor fino raramente é percebido e tem poucos apreciadores, com raras exceções. Chico Anísio e o falecido Renato Corte Real, por exemplo. O povão gosta muito mais dos “Trapalhões”, “Zorra Total”, “A Praça é Nossa” e no passado das chanchadas protagonizadas por Oscarito, Anquito, Colé, Silva Filho, Grande Otelo, Otelo Zeloni, Valter e Ema Dávila e outros.

Reiterando a afirmação de que não temos a pretensão de ensinar português, salientamos que a televisão, como grande formadora de opinião e divulgação da cultura de um país, não deveria permitir que as agências de publicidade remetessem, para exibição, matérias com os erros grosseiros que pintam a toda hora. Há mais de vinte anos surpreendeu-me uma propaganda do absorvente “Pétala Macia”, apresentada por Marília Pêra que falava: “Este é o melhor absorvente que eu já ESPREMENTEI. Normalmente outras pessoas falam no mesmo veículo “espremente”, “esprementou” e coisas parecidas, que não são as corretas – experimente, experimentei, etc. Também vejo freqüentemente políticos, atores famosos, comentaristas etc., dizendo “SUBZIDIO” em lugar de subsidio, que é a forma correta. Um locutor famoso e narrador de importante canal de televisão diz sempre “FLUÍDOS”, “GRATUÍTO” ao invés de fluidos e gratuito. Várias vezes  observei culinaristas dizerem “espere até atingir o ponto de fervor” em lugar de fervura e falar em “quantia” de determinado elemento em lugar de quantidade. Os paulistas costumam dizer o adevogado em lugar de advogado.  Certa feita comentava com o colega Dr. Josevandro Nascimento  um outro absurdo. Constituia-se moda, sobretudo dos colunistas sociais, empregar o superlativo absoluto de forma errada. Ao invés de empregarem o sufixo  “érrimo” empregavam “ézimo”. Por exemplo: “gostozésimo, bonitésimo, chiquézimo”, etc. Ao que o professor respondeu-me: “Esta é uma forma “viadézima ou xibunguézima” de expressão. Bem, vamos parar por aqui. Eu mesmo, quando não presto muita atenção costumo falar errado uma palavra  que 99,99% erra “Muinto” em lugar do certo – MUITO. Isto também ocorre em relação à palavra RUIM que pronunciam como se tivesse trema “ruim” ou se grafasse “runhe”. Vamos passar ao objeto do livro que é o BESTEIROL, para proporcionar divertimento ao leitor.

Já o título A FACE HILÁRIA DA CIDADE versará sobre casos interessantes, sobretudo engraçados, que ocorreram na região, onde o besteirol não aparece. Só vale o engraçado, inteligente ou espirituoso.

O GUAXINIM será um livro de contos, evidentemente de ficção, que focalizará apenas tipos humanos capazes de qualquer gênero de indignidade, desde quando possa levar vantagem. São tipos que entendem que a única coisa importante na vida é ganhar dinheiro ou posição. Adotam o “slogam”: GANHAR, NEM QUE SEJA HONESTAMENTE.

BESTEIRAS DE ESTUDANTES

Quando estava fazendo o curso científico no Rio de Janeiro, tive um colega na MABE, que se notabilizava pela dificuldade de entender as coisas. Ganhou o apelido de Jânio Quadros, não só por ser exatamente o contrário de eminente homem público, que se notabilizou pelo português escorreito que falava, como também por sua aparência no trajar – era mal amanhado, tinha o cabelo liso e desalinhado, e portava muita caspa. Os colegas diziam que ele era uma legítima “CASPACIDADE”. Certa feita o célebre professor Armando Frazão (grande cientista) perguntou numa prova, qual era um famoso parasito di-hétero-xeno, endêmico da África? Querendo responder que era  o “tripanosoma gambiensis”, transmissor da doença do sono, cujo hospedeiro intermediário era a mosca Tsé-Tsé e o secundário o antílope conhecido por “Pala-Pala”, “Giant Sable” ou “Palanca Negra”, respondeu: “É a mosca Tsé-Tse, que vive na África  e a vítima no Brasil”.  O professor Frazão comentou: “Olha que eu já rodei meio mundo – ensinei em Cambridge, Oxford, nas diversas faculdades de medicina do Rio de Janeiro e de São Paulo, fui seriador do Museu Nacional, Diretor do Jardim Botânico, concluí os estudos sobre o parasito transmissor do tifo hexantemático (Riquetzia Provazequia) e nunca tive a ventura de ouvir uma “coisa tão genial”. Não bastasse esta, saiu-se com outra na aula de química orgânica, cujo mestre era o Dr. Castilho, Diretor da Faculdade Anemaniana de Medicina do Rio de Janeiro. Explicava o mestre que determinado hidrocarboneto era formado por tantas moléculas de hidrogênio e outras tantas de oxigênio. Quando combinadas em determinada proporção formavam aquele elemento químico, com sobra de uma molécula de água. Jânio Quadros perguntou? Professor se dobrarmos a quantidade o que acontece? Castilho respondeu: Teremos o dobro do hidrocarboneto e sobra de duas moléculas d’água. Reinquiriu Jânio: E se for três vezes? Três vezes o hidrocarboneto e três moléculas d’água de sobra. Voltou Janio a inquirir: E se forem quatro vezes? Castilho, irritado respondeu: Meu filho preste a atenção: tanto faz uma vez, duas vezes, três vezes, dez vezes, cem vezes, mil vezes, um milhão de vezes, a proporção será sempre a mesma – MESMO QUE SEJA UM PORRILHÃO DE VEZES, entendeu? Janio respondeu: Entendi não”.

Outro colega de curso, no primeiro ano de direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro pediu-me que lhe socorresse respondendo a uma questão de Direito Romano. “A qual legislador romano atribui-se a autoria das “Leges Imperfectas, Leges Minus Quão Perfectas e Leges Perfectas? Respondi: ULPIANO. O colega grafou na sua prova: o (artigo) piano (instrumento). Sem outros comentários.

Já quando ensinava história no Instituto Municipal Eusínio Lavigne tive o ensejo de deparar-me com respostas estapafúrdias de alguns alunos. Seguem-se: “Falando sobre a excelência da civilização Mesopotâmica, nos diversos períodos de supremacia dos Acádios, dos Caldeus, Sumérios, Babilônicos e Assírios, assinalou o Código de Hamurabi, os Jardins Suspensos da Babilônia e a “Discoteca” de Hamurabi.

Respondendo a pergunta: Quais os primeiros seres humanos que povoaram a terra e qual o tipo de vida por eles desenvolvido? Respondeu: “Os primeiros seres humano que surgiu na terra foram os “erectus”. Depois surgiu outros mais evoluído – os macaco. Os macaco viviam trepando de galho em galho e se alimentando com as frutas das árvores daquela época. Eles levavam uma vida muito rudimentar pois naquele tempo nada existia”.

Outra resposta genial sobre os “Tempos Heróicos da Grécia”: Nos tempos heróicos “Omero” não era muito acreditado por seu povo. Ele escreveu Poema. Roubaram a mulher de Omero e esconderam atrás de um cavalo de pau. Odisséa teve muitas aventuras na guerra e voltou para a ilha Ilíaco”. Acredito que o aluno em questão decorou um trecho do livro de história de Borges Hermida e estudou para a prova de História Natural, confundindo e misturando tudo. Teria pretendido dizer que havia duvida sobre a autoria das epopéias Ilíada e Odisséia. Homero seria o verdadeiro autor ou uma série de outros autores tê-las-ia escrito e teriam sido reunidas nas duas obras com o pseudônimo de Homero. Após Paris, príncipe troiano, ter raptado Helena, mulher de Menelau, e a levado para Troia, os comandados de Heitor construíram um cavalo de madeira e colocaram à frente do portão de Troia, como se fora um presente (presente de grego). Os troianos recolheram a oferenda e à noite os soldados que estavam escondidos no bojo do cavalo saíram e chacinaram os troianos além de abrir o portão para o exercito grego invadir a cidade. Ulisses, chamado na Odisseia de Odisseu, participou ativamente da guerra, de volta à ilha de Ítaca combateu os Ciclopes, Sila e Caríbdis, resistiu aos encantos das Nereidas, voltando para os braços de sua esposa Penélope,na ilha de Ítaca, da qual era rei.

 

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