A reunião teve como mestre de cerimônia a produtora Eulina Menezes Lavigne  (Blusa Azul na foto acima),a mesma fez as apresentações , convidando Dr. Neville para a mesa. E continuou citando algumas pessoas numa platéia de aproximadamente 25 pessoas, contado com os convidados da Valec. “Dr. Neville para melhor condução dos trabalhos nós gostaríamos de iniciar pontuando pelo EIA/Rima”. Disse Eulina. 

Um momento, de sobre salto, falou Dr. Neville, “com todo respeito a todos, quero dizer que tenho maior apreço para as questões ambientais, mas esta área ambiental não é a minha e quando fui convidado foi para falar da questão do momento que se trata das desapropriações das propriedades na rota da ferrovia”. 

Henrique Almeida, Presidente da APC, percebendo que havia no ar um circo armado por Ruy Rocha que se fazia presente com um especialista em alguma coisa e oportunamente envolveu o pessoal da lista, a exemplo da Eulina,imediatamente pediu a palavra:

“ Dr. Neville, primeiro quero pedir desculpas pela ausência de produtores,pois nesta casa deveria estar cheia de produtores, no entanto não há representatividade suficiente”. Continuando. “ Fico feliz que os ambientalistas descobriram que o cacau é importante, estou acostumado com eles contra os plantios de cacau”. “Mas o que tenho ouvido e tem chegado à lista do cacau são previsões apocalípticas e por esta razão gostaria que o Sr. Tirasse algumas dúvidas:

Henrique – Que esta ferrovia é exclusiva para minério e que só depois de 15 anos vai explorar grãos?

Neville -“ O projeto da ferrovia antecede ao projeto da Mineração, ela foi idealizada faz muito tempo e seu principal objetivo é descentralizar toda cadeia produtiva em torno da grande Salvador que hoje absorve 65% de todo PIB da Bahia, isto é ruim para um Estado da dimensão da Bahia. Somente depois foi que o projeto de somar outras atividades como minério e como deve aparecer outras.”

Henrique – Dizem que a ferrovia vai assorear alguns rios?

Neville – “ Eu garanto a todos que não haverá em nenhum momento intervenção direta em qualquer rio, exceto quando necessitar de se construir uma ponte, mas que em nada afetará o curso normal dos rios”.

Henrique – Que a ferrovia vai transportar somente minério e em vagões abertos, e se isto acontecer é muito grave, pois o pó de ferro que vi com Isabel Delmondes espalhando ao vento é feio e que vai acabar com o cacau?

Neville -“O minério aqui não vai ser transportado de forma diferente de qualquer outro lugar, a exemplo de Carajás, Minas e Rio. Hoje há ferrovias passando no centro de cidades de mais de 200 mil habitantes e até então não há nenhuma reclamação neste sentido do pó esta poluindo alguma cidade ou alguma plantação.O minério será transportado com 6% de umidade de forma pelotizada e ao chegar no pátio final, depois de descarregado receberá novo percentual de umidade.
Aqui na região vamos selecionar 40 metros de cada lado, ao longo da trajetória, pelos nossos levantamentos, recorrendo a um técnico da platéia, será de 800 hectares de cacau e passará em 200 propriedades.
Teremos a principio pátios de 50 Km e deixaremos a base de 25 km para o futuro.”

Henrique – E por último gostaria de saber sobre as acusações de invasões da propriedades agrícolas da região?

Neville -“ A Valec que na oportunidade pedir desculpas as estas pessoas e reafirmar que este não é o método da empresa e que isto não mais se repetirá, por esta razão os advogados da Valec aqui se encontram para tirar qualquer dúvida.

Neville ouviu mais algumas pessoas da platéia a exemplo das produtoras que tiveram 80 pés de cacau danificados, outra teve um 1 hectare. Houve mais algumas perguntas sem relevância, inclusive da apresentadora Eulina, orientada por Ruy via cochichos de pé de ouvido. A Valec deixou claro que as obras por enquanto estão previsto até o limite do canteiro central previsto para Castelo Novo, na altura do antigo pátio da Estação do Almada.Durante o evento tirou-se as dúvidas de indenizações e demais atinentes ao assunto.